
Durante os próximos dias, a atenção ao mar deve ser redobrada. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estão previstas ondas com altura significativa até quatro metros na costa ocidental na terça-feira.
Poderão atingir altura máxima até sete metros, uma situação pouco frequente em agosto e que resulta do posicionamento do ciclone pós-tropical ERIN.
Em comunicado, o IPMA salienta “valores muito elevados do período de pico, esperados, entre 15 a 20 segundos, o que se traduzirá em ondas muito energéticas e com volume de água elevado, aumentando significativamente o risco de fortes correntes de retorno junto à costa", indica o IPMA.
A ondulação manter-se-á forte na costa ocidental ao longo da semana, com alturas significativas entre dois a três metros. "Esta situação, não sendo inédita, é pouco frequente nos meses de julho e agosto, pelo que se recomenda o acompanhamento dos avisos e o cumprimento das recomendações sugeridas pelas autoridades competentes".
As autoridades pedem mais cuidado à população, principalmente agora, em plena época balnear. Há praias que estão mesmo interditas a banhos. É o caso da Foz do Douro que, além da bandeira vermelha, os nadadores acabaram por fechar a entrada para a praia.
A Associação de Nadadores-Salvadores alerta que para além da forte ondulação, as correntes marítimas vão ser também muito intensas. Pedem que os banhistas respeitem a bandeira vermelha e não se aproximem da água.
“A bandeira vermelha é hasteada pela questão de estar nevoeiro e haver visibilidade reduzida. (...) O que pedimos às pessoas é que não sejam curiosas, que evitem aproximar-se da água, que percebam que quando estiver maré cheia o mar vai estar muito cá em cima, então qualquer proximidade com a água é perigosa, sobretudo porque as previsões indicam que a criação de correntes de retorno, os chamados agueiros junto à costa, serão muito mais intensos ao longo do dia de hoje. O mar está com muita energia, e, além disso, o período da vaga é muito grande o que significa que o perigo é cada vez maior”, explica Alexandre Galiza da associação de nadadores-salvadores.
Devido a estas condições, tanto a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) como a Autoridade Marítima Nacional (AMN) alertaram a população, aconselhando medidas preventivas.
À SIC o capitão do Porto de Leixões, Rui Lampreia, destacou três recomendações que a população deve seguir. “Primeira é que as pessoas frequentem praias permanentemente vigiadas, que respeitem a sinalização colocada nos postos de praia pelos nadadores-salvadores do dispositivo de salvamento balnear que se encontra implementado desde 14 de junho deste ano e, por último, evitem circular em zonas expostas à agitação marítima com são, por exemplo, a proteção dos portos”.
“Não é nada adequado ir ao mar nestas circunstâncias. O mar, efetivamente, está com muita energia, portanto aquilo que se pede é que adotem um comportamento de segurança”, frisa
Esta terça-feira, o IPMA emitiu aviso amarelo em 10 distritos de Portugal continental devido à agitação marítima.Seis barras marítimas estão fechadas à navegação.
- Com Lusa