“O Ministério da Cultura, Juventude e Desporto tomou conhecimento, através da comunicação social, da decisão da Professora Isabel Pires de Lima de cessar funções como Presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves.” A afirmação consta do comunicado emitido esta terça-feira pelo gabinete de comunicação de Margarida Balseiro Lopes.
A meio do dia, Isabel Pires de Lima havia avançado, ela própria, com outro comunicado, em que anunciava o abandono da presidência do Conselho de Administração da instituição cultural, sedeada no Porto, por “falta de confiança e solidariedade institucional”.
Poucas horas depois, coube ao ministério reagir: “O Governo respeita decisão da professora Isabel Pires de Lima, a quem agradecemos o trabalho desenvolvido. Trata-se de uma opção pessoal, cuja justificação cabe apenas à própria.”
No comunicado pode ler-se ainda que a ministra considera que “a Fundação de Serralves é uma instituição de direito privado e de utilidade pública, com estatutos próprios e órgãos de governação autónomos” e que “de acordo com esses estatutos, a eleição do próximo presidente será feita pelo próprio Conselho de Administração, de entre os seus membros, em reunião convocada para o efeito”.
Em tom de conclusão, e como quem quer encerrar o assunto, o texto divulgado pelo ministério acrescenta que “o Governo sublinha que Serralves é uma fundação sólida, com uma programação cultural de referência nacional e internacional, e que mantém plena confiança na instituição que, como sempre assegurará, com estabilidade e continuidade, a prossecução da sua missão cultural”.
Questionada sobre se poderia acrescentar mais informações sobre esta demissão de Isabel Pires de Lima, o gabinete de Balseiro Lopes nada acrescentou.