
O Governo de Moçambique diz que apenas 40% dos adultos no país conseguem poupar devido a falta de recursos e, reconhece a necessidade de incrementar essa adesão na Estratégia Nacional de Inclusão Financeira (ENIF), a implementar até 2031.
A proporção de adultos que poupam, acrescenta-se, “é baixa, tanto na região rural como urbana”, já que do lado da procura “apenas 38,3% dos adultos poupava em 2022”, segundo os dados mais recentes, utilizados no estudo.
“Existe uma necessidade crucial de educar os moçambicanos sobre os benefícios da poupança, encorajando-os a começar a poupar e investir para o seu futuro, independentemente do sistema formal ou informal”, lê-se no relatório daquele documento do Ministério das Finanças.
Segundo o documento, a falta de planificação e poupança para o futuro coloca os indivíduos em risco de desafios financeiros, pobreza e dependência de outros ou do Estado durante a fase da capacidade de trabalho reduzida.
Quanto “às barreiras de acesso à poupança”, o relatório aponta que a “falta de rendimentos é a principal razão que concorre para tal”, descrevendo mesmo que 72,0% dos moçambicanos que não poupam indicaram, num estudo, que o fazem por “falta de rendimento”, 25,3% porque “não consideram prioritário” e 16,7% porque fazem “despesas não planificadas”.
No documento, diz a Lusa, recorda-se que o sistema de poupança em Moçambique “oferece uma variedade de instituições captadoras” desses recursos, incluindo bancos, microbancos, cooperativas de crédito, Instituições de Moeda Eletrónica, bem como grupos de poupança e crédito rotativo.
“Grande parte da população que poupou não o fez numa instituição financeira formal”, sublinha-se no documento, apontando-se que 36,4% dos adultos fizeram poupanças no banco, seguindo-se a opção de guardar dinheiro em casa (31,9%) e depois através de associações comunitárias (17,7%).