A primeira-ministra moçambicana, Benvinda Levi, reconheceu recentemente, em Maputo, que são necessários 2.056 milhões de euros até 2029 para construção, manutenção e reabilitação de pontes e estradas, sendo um “grande desafio” na actual conjuntura.

Após dar posse a Paulo Fumane como novo presidente da Administração Nacional de Estradas (ANE), Benvinda Levi disse que “ao elegeremos as infraestruturas rodoviárias como uma das nossas prioridades, pretendemos garantir um desenvolvimento territorial sustentável e equilibrado, assegurando a inclusão e equidade no acesso aos serviços públicos e uma organização territorial eficaz”.

Nesse sentido, acrescentou que “constitui uma das prioridades” da acção governativa “garantir a construção, manutenção, reabilitação e expansão das infraestruturas rodoviárias”, conforme previsto no Programa Quinquenal do Governo (PQG) até 2029, aprovado em Maio, na Assembleia da República.

“Para a implementação das acções previstas no PQG 2025-2029, no domínio das estradas e pontes, estima-se que seja necessário um investimento de cerca de 154 mil milhões de meticais, o que representa um grande desafio em face da actual conjuntura interna e internacional”, reconheceu a primeira-ministra, que pediu ao novo presidente da ANE para “apostar em acções arrojadas para assegurar e implementar projectos estratégicos de estradas e pontes”, num contexto em que é necessário “fazer um uso racional dos poucos recursos disponíveis”.

A par disso, apontou a governante, citada pela Lusa, devem aperfeiçoar os mecanismos de articulação e coordenação com os diferentes intervenientes, incluindo o sector privado e parceiros de desenvolvimento, para capitalizar todas as iniciativas que permitam a captação de recursos para a melhoria da nossa rede viária no país”.