
A crise económica, volatilidade de preços das matérias-primas, limitações na diversificação da economia e momentos de retração no investimento privado marcaram os 50 anos de Independência de Angola, admitiu esta Sexta-feira, 15, em Luanda, a presidente do conselho de administração da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), Filomena Manjata.
Ao longos destas cinco décadas, de acordo com a PCA, Angola construiu uma arquitectura económica que, apesar das adversidades, conseguiu criar bases sólidas para o crescimento.
“Tivemos avanços significativos na restruturação do sistema financeiro, no surgimento e expansão de instituição bancarias e de seguros, na criação de mecanismos regulatórios e no fortalecimento do investimento privado”, disse, que falava na abertura do Fórum Banca & Seguros, promovido pela Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO).
No sector segurador e de fundo de pensões, Filomena Manjata sustentou que houve progresso e evolução de um ecossistema regulado, com maior diversidade de produtos e penetração no tecido empresarial, estando mais próximo ao cidadão comum.
“Hoje, o seguro não é apenas um instrumento financeiro, mas uma ferramenta de protecção social e de estímulo à confiança económica. A baixa literacia financeira e a percepção limitada sobre o valor da protecção ainda constituem barreiras. Houve momentos em que a instabilidade económica travou o ritmo de crescimento e exigiu reformas urgentes”, afirmou.
O futuro da economia angolana, segundo considerou, “depende da nossa capacidade de conjugar a estabilidade macroeconómica, inovação e inclusão e educação financeira, para garantir uma cultura de prevenção e d gestão de riscos”.