
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) repudiou hoje a expulsão da agência Lusa, RTP e RDP da Guiné-Bissau, que classificou de "altamente censurável e injustificável", e vai pedir explicações ao Governo guineense.
Face à "gravidade desta medida", o ministro dos Negócios Estrangeiros "convocou imediatamente" o embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa para dar "explicações e esclarecimentos", encontro que está agendado para sábado, lê-se num comunicado do MNE.
No comunicado, o executivo português afirma que, "ciente da importância do trabalho destes órgãos de comunicação social para as populações de ambos os países e para a comunidade lusófona em geral, tudo fará para reverter tal decisão".
O Governo, acrescenta, está a acompanhar "a situação com as administrações da Lusa, RTP e RDP".
Artigo relacionado: Agência Lusa e RTP expulsas da Guiné-Bissau
As delegações da agência Lusa, da RTP e da RDP foram expulsas da Guiné-Bissau, as suas emissões suspensas a partir de hoje e os representantes têm que deixar o país até terça-feira, por decisão do Governo guineense.
Não foram avançadas razões.
O Governo da Guiné-Bissau decidiu o encerramento das emissões da RTP África, RDP África e Agência Lusa com efeitos a partir de hoje.
Para o ministério liderado por Paulo Rangel, esta decisão do governo guineense, "no quadro das relações bilaterais", é "altamente censurável e injustificável".
O MNE termina o comunicado afirmando que as "relações de Portugal com a Guiné-Bissau são e serão reflexo da profunda amizade entre os dois povos, constituindo uma prioridade da política externa portuguesa", sublinhando que a "atuação do Governo é e será estritamente pautada pelo respeito pela soberania de ambos os Estados e pelo desígnio de melhorar a alta qualidade das relações recíprocas".