O CaixaBank, dono do BPI, anunciou nesta quarta-feira que alcançou um lucro de2,95 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, um crescimento de 10,3% face ao período homólogo. A margem financeira do banco reflete, tal como os seus pares, o declínio das taxas de referência do Banco Central Europeu, tendo caído 5,2% para 5,28 mil milhões.

As receitas totais do grupo foram de 8,04 mil milhões, mais 4,4% do que um ano antes. O banco destaca a subida de 5,4% do rendimento de serviços, que totalizou 2,58 mil milhões. Em detalhe, a empresa aumentou a receita de gestão de património em 14,3% e a de comissões em 1,5%, enquanto a receita de seguros de proteção derrapou ligeiramente em 0,7%. Por sua vez, a receita de dividendos caiu 40,6%, que a instituição justifica com a venda da sua posição na Telefónica em 2024.

As despesas, por outro lado, tiveram um incremento de 5% para 3,18 mil milhões. O rácio de eficiência situou-se em 38,6%.

O banco destaca a sua rentabilidade, com o ROE dos 12 meses terminados em junho a fixar-se em 15,7%, acima dos 14,4% do período homólogo.

Os depósitos aumentaram 8,5% para 370,5 mil milhões de euros, revela a instituição, enquanto a carteira de crédito cresceu para 43,43 mil milhões, mais 26,8% do que no primeiro semestre de 2024. Os empréstimos a empresas subiram 25,5%, com as PME a representarem 55% do novo crédito, acrescenta o banco. Já as hipotecas viram uma subida de 46,2%, totalizando 9,72 mil milhões.

A empresa salienta a redução do portfólio de malparado, que conta com um rácio de 2,3%. O rácio LCR é de 217%.

Em termos de capitalização, o rácio CET1 ascendeu a 12,5%, mais 0,2 pontos percentuais (pp) do que um ano antes. Isto deve-se às novas regras de Basileia IV. Sem estas, o aumento do rácio seria de apenas 0,07 pp.

O banco adianta que o Conselho de Administração aprovou um dividendo entre 50% e 60% do lucro, a ser distribuído em dois pagamentos. Primeiro, um dividendo intercalar de entre 30% a 40% do resultado da primeira metade do ano, a ser pago em novembro, e um dividendo final, sujeito a aprovação pelos acionistas, a ser pago em abril de 2026. O dividendo intercalar pode ir de 885 milhões a 1,18 mil milhões, com o valor final a ser aprovado em outubro.

O programa de recompra de ações, no valor de 500 milhões, foi iniciado em junho.