
O Banco Português de Fomento (BPF) reforçou, em 2024, a sua oferta dedicada à sustentabilidade e inovação com uma dotação superior a 2.325 milhões de euros.
Este marco materializou-se principalmente através da consolidação do BPF enquanto ‘implementing partner’ do Programa InvestEU, destacando-se o lançamento das Linhas de Garantia BPF InvestEU, com sublinhas dedicadas, designadamente à investigação, inovação e digitalização, mobilidade urbana sustentável e PME e Small Mid-Caps, com parte da dotação dedicada ao investimento sustentável. Destaca-se também o lançamento da Linha de Apoio ao Turismo + Sustentável, em parceria com o Turismo de Portugal.
“Estas linhas estão disponíveis para apoiar os diversos setores da nossa economia e, simultaneamente, o respeito pelos limites do nosso planeta, reforçando a competitividade das empresas através, designadamente, de intervenções como a melhoria da eficiência energética das suas instalações e processos produtivos, instalação de fontes de energia renovável para autoconsumo, frotas movidas a eletricidade ou a combustíveis mais verdes e eficientes, e intervenções que viabilizem produções e modelos de negócio mais circulares. É competitividade aliada à sustentabilidade”, pode ler-se no primeiro relatório de sustentabilidade do BPF, divulgado nesta quarta-feira.
Para além da vertente comercial, o compromisso com a integração da sustentabilidade no BPF foi reforçado com a entrada em atividade do Núcleo de Sustentabilidade, inserido dentro da Direção Corporativa e de Sustentabilidade, e do Núcleo de Gestão de Riscos ESG, inserido na Direção de Risco. Em conjunto, estes núcleos dão apoio transversal ao negócio e à gestão da sustentabilidade no BPF.
De acordo com o relatório, este trabalho, iniciado em 2024, assenta em três pilares principais, nomeadamente, desenvolvimento e aprovação de uma Carta de Princípios de Sustentabilidade, que orienta a atuação do BPF na matéria; desenvolvimento a ação do banco; e o início de um projeto para a implementação de uma ‘framework’ de gestão de riscos ESG no Grupo BPF, que irá introduzir processos de controlo de risco ESG.
“Este ano base dotou o BPF de coesão em matéria de governo da sustentabilidade, identificando os desafios mais prementes no seu papel de Banco Soberano e Verde, traçando objetivos para apoiar a economia de forma sustentável, e indo ainda ao desenvolvimento das ferramentas necessárias para os atingir”, refere em conjunto, no relatório, o presidente da Comissão Executiva e o presidente do Conselho de Administração do BPF.
A gestão da sustentabilidade na sua vertente interna também foi alvo de atenção, com a realização da 1ª medição das emissões de gases com efeito de estufa do Grupo BPF, exercício que será reeditado em 2025 com vista a melhor compreender as emissões associadas e a medição do impacto nas operações.
O banco reforça que iniciou “uma nova fase”, que irá “assegurar o cumprimento do propósito de investimento com valor”. Nesse sentido, traça como objetivo assegurar que o BPF é uma instituição “ao serviço das empresas e do planeta”.