O ING, o Commerzbank, o JP Morgan, o LBBW e o RBC Capital Markets são cinco bancos europeus que já se disponibilizaram para apoiar a criação de um Banco Europeu para a Defesa. Trata-se de uma instituição financeira que será criada para ajudar os países da NATO e os seus aliados a financiar as suas necessidades de Defesa, no âmbito do compromisso assumido de investir 5% do Produto Interno Bruto nesta área.

Com base na experiência no mercado de capitais dos bancos participantes, o Banco de Defesa, Segurança e Resiliência (DSRB) emitirá dívida com classificação AAA, permitindo que os países financiem a produção e aquisição no setor da Defesa. Apoiará também a modernização das forças armadas e a resiliência das cadeias de abastecimento em toda a Europa e na região do Indo-Pacífico.

“Não podemos enfrentar os desafios de segurança de hoje com as ferramentas financeiras de ontem”, afirmou Mark Pieter de Boer, diretor comercial do ING em comunicado. “Como grande banco europeu, apoiamos as sociedades em que operamos. Claramente, existe agora uma maior necessidade de financiamento para atividades de defesa centradas na proteção da Europa. O Banco de Defesa, Segurança e Resiliência é o tipo de iniciativa ousada e coordenada que acreditamos que a Europa e os seus aliados necessitam urgentemente. O ING orgulha-se de apoiá-lo”, acrescentou.

Os bancos participantes ajudarão os países a aceder aos mercados obrigacionistas e a envolver investidores para as suas necessidades de defesa, além de fornecerem experiência técnica em instrumentos de dívida soberana, estruturação de capital, gestão de risco e passivo, bem como consultoria em ratings.

Um plano detalhado e um projeto de estatutos para o novo banco de defesa estão a ser elaborados pelo Grupo de Desenvolvimento do DSRB, uma equipa internacional composta por banqueiros, advogados, especialistas em investimento em defesa e líderes seniores na área da política de Defesa. A iniciativa conta com o apoio do Parlamento Europeu e de uma task force liderada pelo Governo do Reino Unido. Espera-se que outros bancos se juntem em fases posteriores.

Rob Murray, antigo responsável pela inovação da NATO e CEO do Grupo de Desenvolvimento do DSRB, afirmou: “Durante demasiado tempo subestimámos o papel do capital na Defesa. Os bancos que se estão a destacar hoje em dia compreendem que a dissuasão exige apoio financeiro, e esta nova instituição está a ser construída para o fornecer.”

Kevin Reed, presidente do Grupo de Desenvolvimento do DSRB, acrescentou: “Não se trata apenas de financiar a Defesa — trata-se de redefinir a dissuasão para a era moderna. No século XX, a dissuasão significava mobilização industrial. No século XXI, significa parceria financeira.”