
O Governo português condenou hoje o ataque israelita contra o hospital Nasser, em Gaza, considerando-o "inqualificável", e lembrou que os jornalistas, os civis e os profissionais de saúde "devem ser protegidos incondicionalmente".
"O ataque israelita ao Hospital Nasser em Gaza é inqualificável. Os jornalistas, os civis e os profissionais de saúde devem ser protegidos incondicionalmente", destacou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, numa publicação na rede social X.
O ministério liderado por Paulo Rangel vincou ainda, na mesma nota, que "o cessar fogo é um imperativo da mais elementar humanidade e não pode mais ser adiado".
Vários países condenaram hoje o ataque israelita ao hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, que matou pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas.
Israel bombardeou o hospital Nasser, esta manhã e, quando jornalistas e socorristas chegaram ao local para ajudar as vítimas e documentar o que aconteceu, voltou a bombardeá-lo, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, numa técnica conhecida como "golpe duplo".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, definiu o ataque como "um trágico acidente".
Ainda hoje, um sexto jornalista, Hasan Douhan, do jornal diário palestiniano Al Hayat, foi morto a tiro em Al Mawasi, no sul de Gaza.
Com a morte de Douhan, o número total de repórteres e influenciadores digitais mortos na ofensiva israelita sobe para 246, tornando a guerra em Gaza uma das mais mortais para a imprensa na história.
Israel tem em curso uma ofensiva militar na Faixa de Gaza desde que sofreu um ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.
De acordo com dados divulgados pelas autoridades do enclave palestiniano, a ofensiva lançada por Israel em Gaza já fez cerca de 62.700 mortos.