O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou hoje que discutiu potenciais sanções económicas e outros meios de pressionar a Rússia com o enviado norte-americano Keith Kellogg, que se encontrava de visita a Kiev.

"Tive uma grande reunião com o enviado especial do Presidente dos Estados Unidos, general Keith Kellogg", escreveu Zelensky nas redes sociais.

Segundo o líder ucraniano, foram discutidas formas de "influenciar os russos, forçá-los a envolver-se em negociações reais e terminar a guerra" iniciada pelo Kremlin em fevereiro de 2022.

"Sanções, tarifas - tudo deve permanecer na agenda", salientou Zelensky.

O líder ucraniano esclareceu que Washington e Kiev estavam a desenvolver garantias de segurança, solicitadas pela Ucrânia aos seus aliados ocidentais para se proteger de eventuais ataques russos após um acordo de paz.

Volodymyr Zelensky disse ainda esperar que os seus principais pontos sejam delineados "em breve", embora as garantias de segurança surjam como um tema complexo para ambas as partes.

Dirigentes europeus e norte-americanos discutiram há uma semana várias possibilidades, que vão desde uma cláusula de segurança coletiva inspirada no artigo 5.º sobre proteção mútua da NATO, ao envio de um contingente militar para a Ucrânia, ou ainda apoio em formação e armamento.

Moscovo, que considera a expansão da NATO para as proximidades das suas fronteiras como uma das "causas profundas" que levaram ao conflito, rejeita a maioria destas possibilidades e pretende que as suas exigências sejam tidas em conta, incluindo a reivindicação de territórios ucranianos e a rejeição de Kiev a uma adesão à Aliança Atlântica.

O enviado norte-americano Keith Kellogg viajou para Kiev no passado fim de semana para participar nas comemorações da independência da Ucrânia, que se assinalou no domingo.