A ex-deputada e antiga vice-presidente da Assembleia da República, Teresa Caeiro, morreu esta quinta-feira, 14 de agosto de 2025, aos 56 anos. Foi encontrada sem vida em sua casa, em Lisboa. Até ao momento, não foi divulgada oficialmente a causa da morte.

Figura de destaque no CDS-PP durante quase duas décadas, Teresa Caeiro, conhecida entre amigos e no meio político como “Tegui”, construiu uma carreira que atravessou governos, oposições e momentos decisivos para o centro-direita português.

Licenciada e mestre em Direito pela Universidade de Lisboa, começou como tradutora no Tribunal de Justiça da União Europeia. Mais tarde, no final dos anos 1990, foi convidada por Paulo Portas para integrar o grupo parlamentar do CDS-PP como assessora jurídica, tornando-se depois chefe de gabinete.

Eleita deputada pela primeira vez em 2002, assumiu nesse mesmo ano o cargo de governadora civil de Lisboa. Em 2003 integrou o Governo de Durão Barroso como secretária de Estado da Segurança Social e, mais tarde, o de Pedro Santana Lopes, como secretária de Estado das Artes e do Espetáculo.

Entre 2011 e 2019, ocupou a vice-presidência da Assembleia da República por três legislaturas (X, XI e XII), sendo reconhecida pelo seu trato afável e pela capacidade de diálogo com diferentes forças políticas.

Em julho deste ano, após 30 anos de militância, anunciou a sua desvinculação do CDS-PP, declarando que o partido “não evoluiu, não inovou, não tem identidade própria” e que já não se sentia mobilizada pelo projeto.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou profundamente o desaparecimento precoce e destacou o contributo ao serviço do país e o trato sempre afável de Teresa Caeiro. Também o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, sublinhou que era extraordinariamente generosa e que entregou grande parte da sua vida à causa pública.

Eduardo Ferro Rodrigues, antigo presidente da Assembleia da República, recordou-a como uma vice-presidente que sempre honrou o Parlamento e enviou condolências à família.

Além do percurso político, Teresa Caeiro também atuou como jurista na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e foi comentadora política em canais como SIC Notícias e Antena 1.

A morte de Teresa Caeiro deixa uma marca profunda na política portuguesa, sendo recordada como uma mulher de convicções firmes, respeito transversal e dedicação ao serviço público.