
O Barclays anunciou nesta sexta-feira que vai abandonar a Net Zero Banking Alliance (NZBA), justificando a saída com a perda de representatividade da organização após a retirada da mesma de vários dos principais bancos globais.
“Com a saída da maioria dos bancos globais, a organização já não possui a capacidade de apoiar a nossa transição,” lê-se no comunicado oficial do banco.
Apesar da saída da aliança, o Barclays reafirma o seu compromisso com a neutralidade carbónica até 2050 e mantém as suas metas de mobilizar 1 bilião de dólares ((cerca de 920 mil milhões de euros) em financiamento sustentável e de transição, bem como os objetivos estabelecidos para as emissões financiadas.
O banco destaca ainda o trabalho contínuo com os seus clientes para financiar a transição energética, escalar tecnologias climáticas e reforçar a segurança energética, sublinhando que estas iniciativas representam uma oportunidade comercial relevante. “Esta é uma oportunidade comercial importante para o Barclays; em 2024, gerámos aproximadamente 500 milhões de libras (cerca de 585 milhões de euros) em receitas provenientes de atividades relacionadas com sustentabilidade e transição”.
A decisão do Barclays surge num contexto de crescente fragmentação dentro da Net Zero Banking Alliance, que tem enfrentado saídas de vários dos seus membros fundadores.
Recentemente, o HSBC deixou também a Aliança. Vários grandes bancosjá abandonaram este compromisso desde o início do ano, fruto das pressões da administração Trump.
A NZBA foi criada sob a égide das Nações Unidas para orientar o setor financeiro no combate às alterações climáticas e na transição para uma economia de zero emissões líquidas.