
Com o e-commerce omnipresente e a rapidez a tornar-se um imperativo, a InPost anunciou a instalação do seu cacifo número 3.000 na Península Ibérica, uma meta simbólica que marca não apenas a dimensão do seu crescimento, mas também a afirmação de uma nova forma de pensar a logística do último quilómetro.
“Estamos muito orgulhosos por ter chegado aos 3.000 Lockers instalados na Península Ibérica”, afirma Marc Vicente, CEO da InPost para Portugal e Espanha. Um orgulho que não se limita aos números. Por trás dos cacifos metálicos instalados junto a estações, supermercados e centros urbanos, está uma aposta estratégica que assenta na conveniência, na sustentabilidade e numa nova relação com o consumidor.
A Península Ibérica tornou-se, assim, um laboratório vivo para um modelo de entregas não domiciliárias que promete redesenhar o mapa da mobilidade urbana. A crescente aceitação dos Lockers por parte dos utilizadores — visível na impressionante cadência de quase 60 novas instalações por semana — impulsionou o grupo a alargar a sua rede híbrida, composta por mais de 12.000 pontos entre cacifos inteligentes e “Ponto Pack”, os parceiros comerciais que funcionam como pontos de recolha.
“Queremos estar onde o utilizador está: perto de casa, do trabalho ou das lojas de bairro onde habitualmente faz compras”, sublinha Vicente. E essa proximidade ganha contornos ainda mais relevantes quando se cruza com a urgência climática. Ao privilegiar a recolha em Lockers, é possível reduzir entre 64% e 86% das emissões de CO₂ face à tradicional entrega porta-a-porta. Uma diferença que transforma cada pequena entrega numa peça de uma engrenagem mais verde.
Em Portugal, o avanço tem sido consistente: 249 Lockers já foram instalados e mais de dois mil pontos de recolha encontram-se ativos, numa malha que cobre áreas urbanas e regiões de menor densidade populacional. A versatilidade dos cacifos — que operam 24 horas por dia, com videovigilância, sistemas autónomos de abertura e total independência do domicílio do cliente — tem sido um trunfo evidente. A InPost associou-se à ArcelorMittal como objetivo de fabricar Lockers com aço reciclado (XCarb), ao mesmo tempo que equipa os dispositivos com painéis solares, numa transição energética que conjuga inovação industrial com responsabilidade ambiental.
A integração recente da empresa Sending — especializada em serviços de transporte — reforça a visão de uma logística integrada em dois canais, onde o utilizador é quem dita o ritmo e o local da entrega. Tudo isto sem abdicar da flexibilidade, da segurança e da simplicidade operacional.
Mais do que uma operação logística, a InPost apresenta-se como um agente de mudança numa indústria ainda marcada por ineficiências e impactos ambientais significativos. Ao transformar os hábitos de entrega e recolha num processo descentralizado, automatizado e amigo do ambiente, está também a abrir caminho para novas formas de viver e consumir nas cidades europeias.
E se há coisa que os 3.000 Lockers já instalados parecem provar é que, na confluência entre tecnologia, conveniência e sustentabilidade, há espaço para construir uma nova geografia urbana — uma onde as encomendas não nos prendem a casa, mas nos libertam do carbono.