A PSA Sines afirma manter-se “comprometida com os princípios de justiça, igualdade e respeito por todos os seus colaboradores. Valorizamos profundamente os nossos colaboradores e queremos reafirmar as medidas que temos vindo a implementar para garantir a equidade”.

A empresa recorda que “a 1 de janeiro de 2025, foi aplicado a todos os colaboradores o reajuste total do IPC de 2,4% e que a 1 de abril de 2025, foram efetuadas as atualizações de progressão automática a todos os colaboradores elegíveis para o efeito”.

A empresa reafirma também que “os colaboradores da PSA Sines são os mais bem pagos na indústria de terminais de contentores em Portugal, o que reflete o nosso compromisso com uma remuneração justa e competitiva”.

Como forma de reconhecer “a conquista recorde de 116 000 movimentos em julho na PSA Sines, a mais alta em 22 anos”, a PSA Sines irá atribuir a 1 de setembro, a cada colaborador elegível “uma recompensa de 100 euros juntamente com duas refeições gratuitas na cantina”.

Em relação aos horários, um dos motivos que levou os trabalhadores para a greve parcial, a PSA Sines afirma que “o Tribunal da Relação de Évora, reconheceu que o horário atualmente em vigor na empresa está em conformidade com as leis laborais portuguesas”.

A empresa embora afirme que “reconhece e respeita os direitos dos colaboradores” chama a atenção para “as potenciais consequências do pré-aviso de greve referido na comunicação datada de 22 de agosto de 2025”.

As consequências podem ser “uma redução no volume de movimentos, especialmente considerando que 89% da carga de Sines é transbordo e pode ser redirecionada rapidamente. Um impacto negativo nos fluxos comerciais de Portugal, incluindo bens essenciais para o consumo interno. Um potencial declínio nas taxas de emprego devido a ajustes operacionais necessários em resposta às reduções de volume”.

Tendo em conta estas graves implicações, a empresa solicita aos trabalhadores que “reconsiderem a posição. As consequências de tal ação afetariam não só a empresa, mas também os nossos colaboradores e o ecossistema económico em geral”.

“O quadro financeiro da PSA Sines terá de ser reavaliado, tendo em conta as substanciais responsabilidades bancárias e os empréstimos dos acionistas que exigem reembolso em 2025/2026” concluiu a PSA Sines.