
A Turismo Centro de Portugal (TCP) apresentou esta semana um plano de ação para apoiar as empresas e autarquias afetadas pelos incêndios que têm devastado a região, ao mesmo tempo que lança uma campanha de promoção para reafirmar a marca Centro de Portugal.
O presidente da entidade, Rui Ventura, classificou a situação como uma “tragédia ambiental” e sublinhou o impacto significativo no setor do turismo, com cancelamentos e adiamentos de reservas em hotéis e alojamentos de turismo rural.
Três eixos de intervenção
O plano da TCP assenta em três momentos:
- Levantamento de prejuízos materiais e necessidades das empresas e autarquias;
- Articulação com entidades nacionais e regionais (Turismo de Portugal, CCDRC, Comunidades Intermunicipais, AHRESP, entre outras) para medidas rápidas de apoio;
- Campanha de reafirmação do destino Centro de Portugal, destacando eventos culturais e desportivos previstos para os próximos meses e reforçando que a maioria dos ativos turísticos da região não foi afetada.
“O Centro de Portugal é muito maior do que as áreas atingidas pelos incêndios. É um território vasto, com 100 municípios, preparado para receber os visitantes com qualidade e hospitalidade”, sublinhou Rui Ventura, reforçando que o turismo regional continuará a oferecer experiências únicas.
Impacto e resiliência
Segundo a TCP, o impacto no setor é “muito grande”, não só pelas perdas diretas, mas também pela perceção internacional criada pelas imagens de destruição. Ainda assim, Rui Ventura destacou a resiliência das comunidades locais e deixou uma mensagem de confiança:
“Este é um território de gente resiliente, de empresários visionários, onde a esperança nunca desaparece. O Centro de Portugal vai reerguer-se rapidamente e continuará a afirmar-se como destino turístico de excelência.”
Portugal continental tem registado mais de 234 mil hectares ardidos desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, sendo que 53 mil hectares foram consumidos apenas no incêndio de Arganil.