
O Bloco de Esquerda de Águeda apresentou hoje um conjunto de quatro propostas para responder ao problema da habitação no concelho, criticando a Câmara Municipal, liderada pela coligação “Juntos”, por não ter concretizado os objetivos definidos na Estratégia Local de Habitação de 2022.
Segundo o partido, “existe um desfasamento entre o discurso oficial e as ações no terreno”, considerando que a autarquia “falhou redondamente” no cumprimento do que estava previsto.
Como alternativa, o BE defende uma intervenção direta no mercado para “arrefecer os preços” e tornar a habitação acessível à população. Entre as medidas apresentadas, destacam-se:
- Construção pública de novos alojamentos para arrendamento não-social, destinados à classe média;
- Reserva de 25% das novas construções para habitação a custos controlados;
- Apoio e incentivo à criação de cooperativas de habitação e associações de moradores;
- Criação de um Fundo Municipal para a Habitação Acessível, financiado com receitas extraordinárias da Câmara Municipal.
Para o Bloco de Esquerda, a habitação deve ser entendida como um eixo estratégico para o desenvolvimento económico e para a fixação de população no concelho. “É preciso ter ambição e centrar a ação política nas pessoas, para construir um concelho mais justo, acessível e com futuro”, refere a candidatura.