
A obra centra-se nas provas fotográficas do massacre ocorrido em 1937, naquela cidade do leste da China, às mãos do Exército imperial japonês.
A história acompanha Ah Chang, um funcionário dos correios que se faz passar por técnico de laboratório para sobreviver. Sob pressão, revela fotografias aos militares japoneses, enquanto transforma o estúdio num refúgio, ajudando civis e soldados a fugir e, ao mesmo tempo, expõe ao mundo provas visuais da atrocidade.
A produção gerou grande repercussão nas redes sociais chinesas, onde circulam imagens de espetadores a prestarem continência nos cinemas durante os créditos finais e a entoarem palavras de ordem em homenagem às vítimas dos acontecimentos retratados.
Dead To Rights está em exibição numa altura em que decorrem os preparativos para o desfile militar marcado para 3 de setembro, em Pequim, que assinala o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e da rendição japonesa.
A 13 de dezembro de 1937, tropas japonesas invadiram Nanjing e, nas seis semanas seguintes, saquearam e incendiaram a cidade, violaram dezenas de milhares de mulheres e mataram entre 150.000 e 340.000 pessoas, segundo diferentes fontes históricas.
Todos os anos, a China assinala essa data com uma cerimónia no Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing pelos Invasores Japoneses, erguido no local.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão invadiu grande parte do território chinês, onde cometeu crimes de guerra generalizados, incluindo massacres sistemáticos de civis, experiências com armas biológicas e a utilização de mulheres chinesas como escravas sexuais por parte de militares nipónicos.
O Governo chinês tem criticado com frequência as autoridades japonesas por adotarem uma postura que considera revisionista em relação à invasão e aos crimes cometidos.