O valor das casas não para de aumentar — e de forma cada vez mais acelerada. Segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em julho o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para aquisição de habitação, fixou-se em 1 945 euros por metro quadrado (€/m²), mais 34 euros (1,8%) face a junho.

Em termos homólogos, a taxa de variação foi de 18,7%, acelerando relativamente aos 18,1% registados em junho. Já lá vão quatro meses consecutivos de aceleração: 16,9% em abril, 17,1% em maio, 18,1% em junho e agora 18,7%.

Foram os apartamentos que registaram a maior valorização, com uma subida homóloga de 24% e um valor mediano de 2 254 €/m². Naturalmente, os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2 990 €/m²) e no Algarve (2 642 €/m²), enquanto o Alentejo apresentou o valor mais baixo (1 419 €/m²). A Península de Setúbal destacou-se com o crescimento homólogo mais expressivo (25,6%), não se tendo registado qualquer descida.

O valor mediano dos apartamentos T1 subiu 71 euros, para 2 866 €/m², enquanto os T2 e T3 aumentaram 50 euros e 18 euros, respetivamente, para 2 317 €/m² e 1 942 €/m². Em conjunto, estas tipologias representaram 92,8% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.

No caso das moradias, a valorização foi de 10,4% em termos homólogos, com o valor mediano a fixar-se em 1 414 €/m². Mais uma vez, os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2 707 €/m²) e no Algarve (2 505 €/m²), enquanto o Centro e o Alentejo registaram os valores mais baixos (1 053 €/m² e 1 149 €/m², respetivamente). A Região Autónoma dos Açores apresentou o maior crescimento homólogo (17,8%), sem se ter registado qualquer descida.

Por tipologia, o valor mediano das moradias T2 aumentou 41 euros, para 1 392 €/m²; o das T3 subiu 14 euros, para 1 390 €/m²; e o das T4 avançou 23 euros, para 1 484 €/m². Em conjunto, estas tipologias representaram 88,6% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.

De acordo com o Índice do Valor Mediano de Avaliação Bancária, em julho de 2025, a Grande Lisboa, o Algarve, a Península de Setúbal, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação superiores à mediana nacional em 52,0%, 34,5%, 18,8%, 14,9% e 7,3%, respetivamente.