A Autoridade Bancária Europeia (EBA) divulgou nesta terça-feira um conjunto atualizado de 13 indicadores para as 32 maiores instituições da União Europeia (UE), cada uma com uma medida de exposição ao rácio de alavancagem superior a 200 mil milhões de euros. Neste conjunto de entidades, consideradas de importância sistémica global, não está incluído nenhum banco português.

A identificação de uma entidade de importância sistémica global, que implica requisitos mais elevados de reservas de capital, é da responsabilidade das autoridades nacionais competentes. Esta identificação baseia-se na divulgação dos denominadores globais e nos resultados do exercício das várias instituições, que serão publicados pelo Comité de Supervisão Bancária de Basileia (BCBS) e pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) em novembro de cada ano. Quaisquer requisitos adicionais de reservas de capital aplicar-se-ão cerca de um ano após a publicação, pelas autoridades competentes, dos resultados específicos por banco e da atribuição da taxa de reserva, permitindo assim às instituições tempo suficiente para se adaptarem ao novo requisito.

Uma amostra estável de 27 instituições mostra que a soma das exposições totais desses bancos aumentou 3,4% no final de 2024, acelerando face ao crescimento de 1,3% registado até ao final de 2023. Destacando-se como o desenvolvimento mais notável em relação ao ano anterior, o indicador de volume de negociação aumentou 39,7%. Os indicadores referentes a derivados de balcão, títulos em circulação, ativos sob custódia e ativos de nível 3 apresentaram crescimentos de 13,3%, 9,6%, 8,8% e 6,4%, respetivamente, atingindo todos eles os maiores volumes de atividade observados desde 2013.

O único indicador que apresentou tendência de queda até ao final de 2024 foi o passivo intra-sistema financeiro, com uma diminuição de 0,9%.