
A Iniciativa Liberal vai doar o dinheiro das inscrições para a sua 'rentrée' política, que se realiza este sábado em Albufeira, às vítimas do incêndio de Arganil, que provocou a maior área ardida de sempre em Portugal.
A inscrição na festa dos liberais, designada "A´gosto da Liberdade", custará 25 euros, e decorrerá no sábado em Albufeira. Em 2024, esta iniciativa, que se realizou em Quarteira, teve a participação de cerca de 150 militantes.
"O partido irá doar o valor obtido nas inscrições para as vítimas do incêndio de Arganil, que deflagrou no dia 13 de agosto, o maior de sempre desde que há registos, que ardeu durante 11 dias e gerou uma área ardida de 64.451 hectares", anunciou a IL, em comunicado.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Os fogos provocaram quatro mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Segundo dados oficiais provisórios, até 23 de agosto arderam cerca de 250 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.
IL volta a escolher Algarve
A líder da IL, Mariana Leitão, eleita em julho, anunciará as "prioridades do partido para o novo político" visando mostrar aos portugueses que "é possível um país diferente, com governação assente nos princípios liberais e no máximo respeito pela liberdade individual", refere o partido.
"Um país que não consiga aplicar reformas estruturais, como as que a IL propõe, estará sempre a cair nos mesmos erros e nos mesmos problemas", acrescenta a IL.
Este vai ser o quinto ano seguido em que a IL vai fazer no Algarve a sua 'rentrée' política, tipo de iniciativa partidária que assinala o recomeço dos trabalhos parlamentares após as férias de verão. No ano passado, quando Rui Rocha ainda era líder do partido, o evento realizou-se em Quarteira, depois de já ter passado por Armação de Pêra, Albufeira e Portimão.
No ano passado, Rui Rocha tinha estabelecido a posição do partido quanto às negociações do Orçamento do Estado para 2025, garantindo que não viabilizaria um documento "toranja", que não apostasse no crescimento económico, na redução de impostos ou de burocracia.