
O BBVA fez uma atualização da sua Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o Banco Sabadell na passada sexta-feira. A instituição oferece agora uma ação sua acrescida de 70 cêntimos por cada 5,5483 ações do Sabadell. Esta atualização surge em consequência do dividendo intercalar de 7 cêntimos pago aos acionistas do Sabadell pelos resultados até junho de 2025.
Esta nova atualização da oferta, reportada pela Reuters citando um documento consultado, coloca a mesma em cerca de 15,5 mil milhões de euros, de acordo com as contas da Reuters, que se baseiam no rácio de troca proposto pelo BBVA e no preço das ações no fecho do mercado na sexta-feira.
As ações do Sabadell estão já 30% acima do prémio inicialmente proposto pelo BBVA em abril de 2024, quando a OPA originalmente lançada estava valorizada em cerca de 12 mil milhões. O proponente aguarda a aprovação do supervisor para iniciar oficialmente o período da OPA e conseguir levar os acionistas do Sabadell a venderem a sua posição.
Uma fusão entre estes dois bancos iria resultar numa empresa com mais de 1 bilião de euros em ativos. Esta é apenas uma de várias tentativas de consolidação em curso na Europa. Itália lidera nesta frente, onde já duas OPA foram concluídas com sucesso – BPER sobre o BP Sondrio e o Ifis sobre o Illimity – e outras duas caíram por terra – o UniCredit sobre o Banco BPM e o Mediobanca sobre o Banca Generali. Está ainda em curso a OPA do Monte dei Paschi sobre o Mediobanca, que termina dentro de uma semana.
A par destas, o UniCredit tem aumentado a sua posição noutras instituições. Já detém 26% do Commerzbank, banco sobre o qual já demonstrou interesse e do qual não abre mão apesar da contestação política. Subiu, na semana passada, a posição no grego Alpha Bank também para 26%. Banco este que adquiriu o Astrobank, uma instituição bancária cipriota, no início do ano.