Neste Domingo, 24 de Agosto, Luanda voltou a ser palco da glória desportiva. Diante de mais de 12 mil adeptos no Pavilhão Multiusos da capital, a selecção angolana masculina de basquetebol venceu o Mali de forma categórica, assegurando o 12º título continental da sua história, o primeiro desde 2013.

A vitória por 70–43 foi construída com supremacia técnica e disciplina defensiva. No primeiro quarto, Angola já mostrava maior consistência, fechando em 14–10. No segundo período, a diferença subiu para 12 pontos (32–20), consolidando a vantagem.

Na segunda metade, embalados pelo apoio dos adeptos, os angolanos ampliaram a distância com arremessos certeiros de Selton Miguel e do armador Childe Dundão, este último cestinha da partida com 16 pontos. O último quarto apenas confirmou a superioridade: o Mali jamais liderou o marcador e viu Angola coroar uma campanha perfeita.

O ala-pivô Abou Gakou sintetizou o sentimento coletivo: “Esse título significa muito para nós. Saímos de um jejum de longo tempo. Nos preparamos muito e, em casa, tínhamos a obrigação de ganhar”, disse à Rádio Nacional de Angola.

Mais do que um título, uma afirmação

A conquista representa mais do que um troféu. É o regresso de Angola ao centro do mapa desportivo africano. Numa modalidade em que o país construiu uma tradição de hegemonia – são 12 títulos em 31 edições do Afrobasket – o triunfo devolve confiança a uma geração que cresceu sob a sombra dos anos dourados e que agora inaugura um novo ciclo de protagonismo.

Além da glória simbólica, a vitória pode ter impacto económico e institucional. O basquetebol é um dos produtos de exportação cultural mais fortes de Angola, com potencial de atrair patrocínios, estimular investimentos em academias desportivas e projectar o país no cenário internacional, num momento em que África ganha maior visibilidade no desporto global.