Num desenvolvimento marcante no mundo do motociclismo, Marcel Schroetter, um talento ambicioso no campeonato de Supersport, deu um enorme salto em frente ao testar a poderosa BMW M1000RR no icónico circuito de MotorLand Aragon. Esta oportunidade emocionante marcou o primeiro contacto de Schroetter com uma verdadeira máquina de Superbike, um momento que pode moldar o seu futuro na modalidade.

Na semana passada, a equipa ROKiT BMW Motorrad WorldSBK abriu-lhe as portas, permitindo-lhe libertar o seu potencial numa superbike de ponta — ainda que apenas durante meio dia. Esta sessão foi possível porque os pilotos de teste da BMW se preparavam para a ronda final do Campeonato do Mundo de Endurance, e Schroetter aproveitou o momento para mostrar o seu talento numa moto que é o epítome da velocidade e da precisão.

“Este ano conheci melhor o Chris Gonschor, e já tínhamos falado algumas vezes”, revelou Schroetter em entrevista exclusiva, sublinhando a camaradagem que existe entre pilotos alemães. “Não há assim tantos alemães no desporto motorizado, por isso temos sempre boas conversas. E claro, o meu sonho seria passar para o Mundial de Superbike — quem não teria?”

Apesar de competir atualmente com uma Ducati no Mundial de Supersport, as aspirações de Schroetter vão muito além. O jovem piloto expressou o desejo de explorar oportunidades com a BMW:

“Existem outras opções para o futuro na BMW. É uma das razões pelas quais estou a olhar em volta e a falar com eles.”

E acrescentou acreditar que ainda tem muito para mostrar:

“Muita gente sabe que sou capaz de mais do que estou a demonstrar agora; é normal que não consiga recomendar-me já para uma posição de fábrica.”

O teste serviu precisamente como plataforma para demonstrar o seu valor:

“Para mim, foi uma oportunidade de mostrar o que consigo fazer numa moto maior”, explicou.

Ainda assim, manteve-se realista quanto ao impacto da experiência:

“Se vai resultar em alguma coisa, não posso dizer. Talvez aumente as minhas hipóteses para o futuro, talvez não.”

Questionado sobre a possibilidade de garantir o cobiçado segundo lugar da BMW no Mundial de Superbike em 2026, Schroetter foi cauteloso:

“Não falámos sobre essa posição. Não posso dizer se estaria em quinto ou décimo na lista. Para mim, trata-se de manter as opções em aberto.”

Com o Mundial de Endurance também no radar, Schroetter sabe que precisa de explorar todos os caminhos para consolidar a sua carreira em 2026.

À medida que o mundo do motociclismo observa com expectativa, a jornada de Marcel Schroetter pelas Superbikes está apenas a começar. Com ambição e talento a empurrá-lo para a frente, fica a questão: será que este teste com a BMW será o momento decisivo que o catapultará para a elite do motociclismo? Só o tempo dirá — mas uma coisa é certa: Schroetter é um nome a seguir no futuro da modalidade.