5 Rui Silva — Susto na primeira saída de bola do FC Porto, com Borja Sainz a acertar no poste num pontapé acrobático. O guardião dos leões estava batido. Tranquilo a segurar uma bola rematada por De Jong (isolado...), viu segundos depois Froholdt voltar a ameaçar o golo. Jogo ingrato, dado que fez o seu trabalho e não houve como anular as finalizações portistas – o golo de William, então, nem que tivesse asas.

5 Fresneda — A mobilidade pela ala esteve bastante limitada devido à ação defensiva eficaz de Borja Sainz, combinada com a pressão constante de De Jong, que se mostrou exímio a cortar linhas de passe destinadas aos centrais. Apesar disso, conseguiu executar dois ou três passes longos de excelente qualidade e manteve-se empenhado em acompanhar as jogadas ofensivas. No entanto, o impacto prático dessas iniciativas foi praticamente nulo para o coletivo.

4 Debast — Amarelo devido à entrada com os pitons sobre Rodrigo Mora (39). Durante a primeira parte, sentiu dificuldade notória em jogar longo e ligar o jogo da equipa, muito por conta da pressão intensa exercida pelos portistas, nomeadamente Borja Sainz e De Jong. Após o intervalo, melhorou nesse capítulo, porém, o vendaval azul e branco que se seguiu revelou-se avassalador, deixando marcas evidentes no desempenho da equipa e do belga. Um dos fatores determinantes para o desmoronamento da estratégia de Rui Borges foi a incapacidade dos dois centrais em sair a jogar. Farioli fez os trabalhos de casa...

4 Gonçalo Inácio — Nos instantes iniciais da partida, Borja Sainz teve espaço para tentar um pontapé acrobático que, por pouco, não resultou em golo, com o poste a salvar o Sporting. Esse lance como que o marcou. O primeiro golo de De Jong surgiu numa jogada onde existiu demasiado espaço entre o central e Mangas e a situação agravou-se com o segundo tento do FC Porto. No entanto, houve um momento de renovação para o leão, quando Inácio encontrou Mangas no lado esquerdo. Do cruzamento resultou o autogolo de Nehuén Pérez.

5 Ricardo Mangas — Surpreendido pelo movimento inesperado de Alberto no golo de De Jong, não conseguiu reagir à brilhante combinação entre William Gomes e o lateral portista. Foi importante ao retirar o Sporting de uma situação crítica, cruzando uma bola tensa que, impulsionada por Nehuén Pérez, encontrou o fundo da baliza de Diogo Costa.

6 Hjulmand — Não teve uma parceria simples nem simplificada com Kochorashvili, mas foi dos leões mais esclarecidos e aquele que procurou sair com método e disciplina do cerco portista. Trouxe lucidez onde se agitavam sinais ominosos de ausência de critério na saída limpa com a bola por parte do Sporting. Na parte final galvanizou a equipa, empurrando-a para o empate. Não deu, mas não foi por falta de vontade.

4 Kochorashvili — Chamado à titularidade para o lugar do lesionado Morita, demorou a aquecer os motores e a alinhar-se com a intensidade da partida. No reatamento, arriscou remate de longe, após perda de bola comprometedora dos portistas — a bola saiu por cima. Macio no ataque à bola no remate de William que resultou no extraordinário golo do brasileiro. Saiu pouco depois para ser rendido por Harder.

6 Geny Catamo — Nem sempre esclarecido, mas nunca baixou os braços e foi das unidades mais desestabilizadoras do Sporting. Duelo intenso com Francisco Moura, o lateral teve muitos problemas para travar o extremo e aplicou até alguma dureza na marcação. Arrancou amarelo a De Jong quando escapava para a área, mas sentiu, nesse período de intensidade máxima do FC Porto, falta de Trincão.

5 Trincão — Apareceu ao 56’ a convocar Diogo Costa para uma defesa apertada (a bola bateu à frente do guarda-redes), a animar as bancadas e a apresentar um leão mais solto que o da 1.ª parte. Foi pouco, mas foi o que o FC Porto permitiu, numa segunda parte muito mais mexida que a 1.ª, em que foi engolido pela voracidade do dragão.

6 Pedro Gonçalves — Aos 21’ teve o golo nos pés, que lhe foi negado por corte incrível de Alberto Costa. Tentou uma segunda vez, por cima, mas Catamo estava fora de jogo. Bons passes, visão de jogo apurada, como é habitual, mas faltou mais coletivo a acompanhá-lo e menos erros nas saídas com a bola, que cortaram o ímpeto atacante do Sporting. Saiu do clássico em dificuldades físicas.

5 Quenda — Trouxe mais iniciativa ao Sporting, numa fase de maior encolhimento dos portistas, que procuraram aguentar a vantagem.

5 Vagiannidis — Entrou bem o grego e pode ser, de facto, um reforço importante para Rui Borges, assim que esteja mais identificado com a estratégia do treinador.

5 Conrad Harder — Não marcou, mas a sua presença na pequena área gerou confusão na defesa portista, resultando no autogolo de Nehuén Pérez. Emocionado no aplauso ao público, fez (pelo assim pareceu) a sua despedida de Alvalade.  

(-) Alisson Santos — Um remate para fora.