Uma história que não se vê todos os dias. O Piacenza, clube da quarta divisão italiana (que esteve alguns anos na Serie A durante os anos 90), despediu o treinador Carmine Parlato e o diretor desportivo Alessio Sestu no início desta semana, com Simone Bentivoglio a ser o escolhido para orientar o clube... ou assim parecia.

Isto porque a ligação entre Bentivoglio e o emblema transalpino durou menos de 24 horas. Na terça-feira, vários adeptos do Piacenza contestaram a contratação do técnico, que esteve envolvido num escândalo de viciação de resultados, em 2011, cumprindo uma suspensão de 13 meses por isso. Na altura, o Piacenza também foi implicado no incidente, tendo-lhe sido aplicada uma dedução de quatro pontos, que, juntamente com uma outra dedução de cinco pontos devido a dificuldades financeiras, levou à despromoção do clube e, posteriormente, à declaração de falência.

Ora, os adeptos não se esqueceram desta situação e protestaram ferozmente a decisão de contratar Bentivoglio, confrontando o novo treinador e a direção no campo de treinos durante a tarde, ameaçando boicotar em os jogos da equipa.

A direção ouviu e cedeu à pressão, despedindo o técnico no final do dia. Foi substituído por Stefano Rossini, que tinha sido despedido pelo Piacenza em outubro para ser substituído por Parlato.

O Piacenza é atualmente o 11.º classificado da Serie D, com 14 pontosem 12 jogos.