
Vários passageiros estão a processar as companhias aéreas norte-americanas Delta Air Lines e United Airlines, alegando que pagaram mais por lugares vendidos como "à janela", mas que, na realidade, estavam encostados a paredes interiores das aeronaves, sem qualquer vista para o exterior.
As ações, iniciadas nos tribunais federais de Nova Iorque e São Francisco, abrangem mais de um milhão de passageiros por companhia, com as indemnizações financeiras a chegar aos milhões de dólares, revela a imprensa internacional.
As reclamações dizem respeito aos aviões Boeing 737, Boeing 757 e Airbus A321, com milhares de passageiros a acusarem ambas as companhias aéreas de não sinalizarem os lugares sem janela e, ainda assim, cobrarem extras elevados, que podiam chegar a centenas de dólares.
Alguns destes lugares são colocados junto a tubos de ar condicionado, cabos elétricos ou outros equipamentos, o que impede a instalação das janelas.
Como exemplo, os passageiros referem que outras companhias aéreas, como a American Airlines e a Alaska Airlines, informam previamente, durante a escolha do lugar, quando o assento não tem janela.
Milhões de passageiros terão sido prejudicados
Em declarações ao The New York Times, tal como outros passageiros, Nicholas Meyer acusa a Delta de publicidade enganosa, depois de ter pago por um lugar à janela num voo entre Atlanta e Orange County e ter sido colocado junto a uma parede.
No caso da United, Aviva Copaken e Marc Brenman relatam situações semelhantes. Embora tenham solicitado reembolsos, ambos receberam apenas uma parte do valor pago.
Os advogados acreditam que milhões de passageiros tenham sido prejudicados e pedem que sejam devolvidos os valores pagos a mais, assim como indemnizações adicionais.