
Jovens com idades entre os 11 e os 14 anos acreditam não estar expostos a desinformação 'online', por isso tendem a acreditar mais em conteúdo enganador, concluiu um estudo da Universidade de Glasgow, no Reino Unido.
De acordo com o estudo universitário, a ausência de barreiras nas redes sociais, fazendo com que qualquer pessoa possa publicar todo o tipo de conteúdo sem processos de verificação, é um dos motivos que leva à proliferação da desinformação no mundo virtual.
"Isto é particularmente importante à medida que os jovens recorrem cada vez mais a media sociais para obter todos os tipos de informações, usando-as como fonte de notícias e como mecanismo de busca", lê-se no documento.
O estudo concluiu que os jovens, com idades entre os 11 e os 14 anos, tendem a acreditar erroneamente que a desinformação é apenas sobre eventos mundiais e fraudes, pelo que consideram não estar expostos a conteúdo desinformativo.
Neste sentido, a análise colocou os jovens perante informação falsa, demonstrando que "a maioria não verificou as informações cruzando o que leu com outras fontes de notícias. Em vez disso, confiaram na sua intuição (...) ou olharam para o que os outros disseram nos comentários para detetar desinformação", afirmam os investigadores.
Além disso, o documento alerta que "a desinformação tem um impacto não apenas em crenças, mas também em comportamentos: por exemplo, afeta a forma como as pessoas votam em eleições".
Assim, o grupo de investigadores desenvolveu um projeto onde condensam recursos destinados aos jovens, de forma a poder ajudá-los a desenvolver habilidades de deteção de desinformação e segurança no mundo virtual.
Os recursos disponíveis 'online' podem ser consultados através da seguinte ligação: https://www.projectreal.co.uk/.