O ministro da Economia e Coesão Territorial assegurou, esta quinta-feira, que o Governo avançará imediatamente com 50% do valor das obras para a reabilitação das casas de primeira habitação afetadas pelos incêndios, logo que definido o custo.

"O que prevemos para as primeiras habitações é o seguinte: a Câmara Municipal faz uma avaliação juntamente com um técnico da CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional], de quanto custa reparar o edifício e, depois de se fixar isso, nós avançamos imediatamente com 50% do valor da obra e as pessoas podem começar a reconstruir as casas imediatamente", assegurou.

O governante falava aos jornalistas à saída da reunião em Trancoso, no distrito da Guarda, com cerca de autarcas de 20 concelhos, principalmente da região Centro, afetados pelos incêndios.

"A grande prioridade aos agricultores que estão com dificuldades, sobretudo nas questões das alimentações dos animais, algumas casas que estão ardidas e que é preciso recuperar, algumas fábricas que vamos também recuperar, porque há algumas totalmente ardidas e umas só em parte, e há também muitos equipamentos municipais que vai ser necessário repor e precisamos de financiar as autarquias", enumerou.

Manuel Castro Almeida reconheceu que "uma grande preocupação é com a celeridade deste processo".

A título de exemplo, falou da alimentação dos animais, já que "não dá para esperar muito tempo".

"Vamos procurar ter um processo o mais ágil possível", prometeu.

O ministro reconheceu que depois das duas reuniões-- Sernancelhe (distrito de Viseu) e Trancoso (distrito da Guarda) - com os autarcas afetados pelos incêndios, cerca de 50, do Norte e Centro do país, vai com "as ideias mais claras" para o Conselho de Ministros extraordinário em Viseu, ao final do dia.

"Vimos que, no essencial, que aquilo que estávamos a pensar fazer é aquilo que está na mente dos autarcas", assumiu.

Na reunião em Trancoso, ficou acordado com a presidente da CCDR Centro, Isabel Damasceno, igual acordo ao que fez com a CCDR Norte, de manhã, em Sernancelhe.

"Se as autarquias começarem a fazer chegar os pedidos no princípio da próxima semana, na semana seguinte já os lesados vão ter, vão começar a receber o dinheiro nas suas contas", assegurou.

Manuel Castro Almeida reconheceu que "é um procedimento mais expedito, mas é uma exigência das circunstâncias" atuais.

Sobre o número de pedidos na zona Centro, depois de ter avançado que no Norte seriam cinco mil, o governante disse que "não é ainda possível" contabilizar, até porque "há ainda incêndios a acontecer".