
O setor dos cruzeiros mantém-se como uma das áreas mais dinâmicas do turismo global, com impacto crescente em Portugal e com uma previsão global de 37,7 milhões de passageiros para 2025. Em 2023, a indústria gerou receitas de 681 milhões de euros no país, contribuindo com 322 milhões para o PIB nacional e criando mais de 9.000 postos de trabalho, segundo dados divulgados, esta tarde, pela CLIA – Cruise Lines International Association.
Em 2024, conforme nota à imprensa, os portos portugueses receberam cerca de 1,85 milhões de passageiros, com Lisboa a destacar-se como o mais movimentado, ao registar mais de 763 mil passageiros. Em simultâneo, aumentou o número de portugueses que escolhem férias em alto mar: foram cerca de 74 mil os passageiros de origem nacional, num setor tradicionalmente dominado por turistas estrangeiros, com o Mediterrâneo a liderar as preferências, seguido pelas Caraíbas/Bahamas/Bermudas e o Norte da Europa. A média de duração de cruzeiros dos passageiros de origem portuguesa é de 8.2 dias e a media de idades de 47.8 anos.
Apesar de representar apenas 2% do turismo mundial, a indústria dos cruzeiros gerou, em 2023, um impacto económico de 156 mil milhões de euros a nível global e de 55 mil milhões na Europa, com 440 mil empregos criados no continente. Com uma previsão global de 37,7 milhões de passageiros em 2025, os cruzeiros continuam a atrair novos públicos. 31% dos viajantes nos últimos dois anos foram estreantes, com especial destaque para os Millennials, cada vez mais interessados na variedade de destinos e experiências. 82% dos passageiros expressam a intenção de repetir a viagem.
Outro dado em destaque é o caráter multigeracional das viagens, com 28% dos passageiros a embarcar com três ou mais gerações da mesma família. Esta diversidade traduz-se numa ampla oferta de cruzeiros – desde aventuras familiares até experiências culturais e de luxo. A indústria dos cruzeiros distingue-se por uma lógica de planeamento cuidado: 11% dos passageiros reservam com um ano ou mais de antecedência.
A sustentabilidade é também um dos eixos estratégicos da indústria. Mais de 61% da frota da CLIA já está preparada para ligação à rede elétrica em terra, contribuindo para a redução de emissões. A meta é atingir os 72% até 2028, com investimento adicional em tecnologias de propulsão e combustíveis alternativos. “O setor dos cruzeiros continua a crescer de forma sustentada e a inovar. A sua capacidade de atrair novos públicos, acolher famílias multigeracionais e gerar benefícios económicos locais demonstra o seu valor para o turismo e para a economia”, afirma Nikos Mertzanidis, Diretor Executivo da CLIA Europa.