O cilista que morreu este sábado atropelado na Avenida da Índia, em Lisboa, era Pedro Sobral, um dos grandes dinamizadores e defensores do livro, em Portugal.
A ideia, partilhada, durante o dia do livro, foi o reflexo da paixão e da dedicação que Pedro Sobral nunca escondeu pela literatura. Um papel que assumiu, muito antes de se tornar presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
Desde 2004 que trabalhava no setor onde se destacou como um dos grandes dinamizadores do livro, uma qualidade que defendia como diretor do Grupo Leya há dois anos.
Durante a pandemia, foi um dos principais defensores de um setor, que o viu como um porta-voz do que acreditava ser o poder dos livros.
Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu sempre o papel de Pedro Sobral na organização das últimas edições da Feira do Livro de Lisboa. Voltou a destacar essas qualidades na página da Presidência da República na internet, onde evocou o presidente da APEL e sublinhou a perda para o setor do livro e para a cultura em geral, tal como fez a ministra da Cultura.
A morte de Pedro Sobral chocou o setor que se uniu para lamentar a perda de um homem que trabalhou nos bastidores em inúmeros projetos de promoção de melhores hábitos de leitura em Portugal, para levar o livro a cada vez mais leitores. Tinha 51 anos.
O condutor, de 28 anos, pôs-se em fuga de seguida, mas, segundo disse à Lusa o comissário de serviço, acabou por se entregar numa esquadra da PSP com o seu advogado. Foi aplicada a medida de Constituição de Arguido e Termo de Identidade e Residência, segundo o comunicado da polícia.