
Um incêndio ocorrido na madrugada deste sábado, 16 de agosto, no lar Bom Samaritano da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela, provocou seis mortos, cinco feridos graves e 20 feridos ligeiros. O fogo deflagrou cerca das 05h00, tendo o alerta sido dado por três funcionárias que se encontravam ao serviço.
De acordo com o provedor da instituição, Adérito Gomes, as chamas terão começado num “colchão anti-escaras” colocado num dos quartos da unidade, onde estavam três idosos, que acabaram por não resistir. Outras três vítimas morreram devido à inalação de fumo e a complicações respiratórias.
O comandante da GNR, Luís Carlos Soares, em declarações à RTP3, explicou que entre as vítimas há cinco feridos em estado grave, já transferidos para diferentes unidades hospitalares do distrito de Bragança: o Hospital de Mirandela, que recebeu a maioria dos feridos, o Hospital de Macedo de Cavaleiros e o Hospital de Bragança. Três dos doentes mais críticos foram levados para Macedo de Cavaleiros e outros para Bragança, para garantir uma melhor distribuição e resposta médica.
Os feridos ligeiros foram assistidos no local por equipas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que mobilizaram médicos e enfermeiros para assegurar cuidados imediatos. O comandante sublinhou que a intervenção foi particularmente delicada, já que muitos utentes necessitam de suporte de oxigénio permanente e apresentavam fragilidade acrescida.
Segundo a GNR, decorre ainda o processo de recolocação dos idosos sobreviventes noutras estruturas residenciais do concelho, de forma a garantir condições de conforto e segurança. O lar Bom Samaritano é uma das maiores instituições do género em Mirandela, albergando cerca de 90 utentes.
Questionado sobre as causas do incêndio, Luís Carlos Soares advertiu que é demasiado cedo para avançar com conclusões: “O incêndio tem ainda uma curta duração, toda esta operação tem uma curta duração, por isso qualquer explicação agora seria muito precoce. Estamos na fase de resolução de toda esta situação”.
No local estiveram 63 operacionais apoiados por 31 viaturas, entre bombeiros, GNR, Proteção Civil e equipas médicas de emergência. Foi igualmente requisitado apoio psicológico para familiares das vítimas e para os sobreviventes da instituição.
As autoridades continuam a investigar as circunstâncias em que o incêndio deflagrou, procurando esclarecer a origem exata e avaliar os danos.
Foto: Reprodução Facebook/ Fernando Pires