
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) apelou hoje à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) que seja mais célere a ressarcir as associações humanitárias pelas despesas com combustível e alimentação no combate aos incêndios florestais.
“As associações humanitárias estão a despender muito dinheiro e, portanto, estão a solicitar-nos que diligenciemos junto da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil […] para que possa avaliar essas despesas o mais rapidamente possível, começar a pagar e não estar a aguardar 20, 30 ou 40 dias”, disse, à Lusa, o presidente da LBP.
António Nunes explicou que, “quando há pequenos incêndios”, as associações humanitárias de bombeiros conseguem “acomodar nos seus orçamentos durante algum tempo” os gastos com fornecedores, mas não quando se trata de fogos florestais de grande dimensão, como os de Ponte da Barca, Arouca, Trancoso ou Vila Real.
O presidente da LBP escusou-se, contudo, a quantificar o montante que está em dívida, por estar a ser apurado.
“São alguns milhares”, assegurou, exemplificando que, se a referência for dez euros por almoço e outros tantos para jantar, para alimentar 2.000 bombeiros são necessários 40.000 euros por dia e 400.000 para dez dias.
A Lusa questionou hoje à tarde a ANEPC e aguarda resposta.
De acordo com a informação disponível na página na Internet desta autoridade, às 17:00 de hoje mais de 2.150 operacionais combatiam os seis maiores incêndios ativos em Portugal continental, apoiados por 682 viaturas e 23 meios aéreos.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde 02 de agosto.