O candidato à Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares lançou duras críticas à ausência do Presidente da República e do Primeiro-Ministro no terreno, enquanto o país enfrenta uma vaga de incêndios de grandes proporções.

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“Enquanto o país arde, há quem esteja de férias. E não falo dos portugueses que merecem descanso — falo do Presidente da República e do Primeiro-Ministro”, afirmou, acusando os dois mais altos responsáveis do Estado de estarem no Algarve “a bronzear-se” enquanto bombeiros e populações enfrentam as chamas.

O candidato sublinhou que respeita o pedido de Marcelo Rebelo de Sousa para evitar aproveitamento político da situação, recordando que o seu principal adversário na corrida autárquica, Miguel, “provavelmente está no meio das chamas, a ajudar a combater o fogo”, a quem dirigiu um cumprimento solidário.

Segundo o candidato, passou a manhã a distribuir água aos operacionais, descrevendo que “muitas vezes, passam horas sem comer, sem beber, a lutar para salvar vidas e bens”. E acrescentou: “Não vos peço que peguem numa mangueira, mas peço — e acho que todo o país pede — solidariedade. A presença junto das populações, o apoio direto, o mínimo de respeito.”

Em paralelo, a Juventude Social Democrata (JSD) de Vila Nova de Poiares lançou um apelo urgente, através das redes sociais, para recolha de bens essenciais destinados aos Bombeiros Voluntários locais. Entre os produtos mais necessários encontram-se garrafas de água (prioritário), bolachas sem creme, sumos de 200 ml, barras de cereais e outros snacks de fácil transporte e consumo no terreno.

As entregas podem ser feitas diretamente no quartel dos Bombeiros de Vila Nova de Poiares. “Qualquer ajuda, por pequena que pareça, faz a diferença para quem está a dar tudo por todos nós”, sublinha a JSD local, reforçando que o apoio da população é fundamental para manter a energia e hidratação dos operacionais durante as longas horas de combate às chamas.

O candidato recordou ainda os incêndios de 2017, afirmando que “a história repete-se” e garantindo que, caso seja eleito presidente da Câmara, “não vai deixar passar em claro este abandono”. Concluiu com um apelo direto: “Vergonha na cara é o mínimo que vos peço.”