
O Presidente brasileiro, Lula da Silva, defendeu este Domingo, 06, perante os chefes de Estado e de Governo dos BRICS uma reforma no Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio (OMC) e Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo Lula da Silva que falava na abertura da segunda sessão plenária no primeiro dia da cimeira de chefes de Estado e de Governo dos BRICS, que decorre até esta Segunda-feira,07, no Rio de Janeiro, para fazer jus ao peso económico, o poder de voto dos membros do BRICS no FMI deveria corresponder pelo menos a 25% e não os 18% que detém actualmente.
O chefe de Estado do brasileiro, país que detém a presidência do grupo das economias emergentes, afirmou que “as estruturas do Banco Mundial e do FMI sustentam um Plano Marshall às avessas, em que as economias emergentes e em desenvolvimento financiam o mundo mais desenvolvido”.
“Os fluxos de ajuda internacional caíram e o custo da dívida dos países mais pobres aumentou”, denunciou Lula da Silva, que já quando assumiu a presidência do G20 o ano passado procurou colocar estas alterações em cima da mesa.
A reforma da Organização Mundial do Comércio é outro eixo de acção imprescindível e urgente, considerou, já que a “sua paralisia e o recrudescimento do protecionismo criam uma situação de assimetria insustentável para os países em desenvolvimento”.
No Sábado, também no Rio de Janeiro, a reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais dos BRICS, diz a Lusa, terminou com um apelo “urgente” para reformar o FMI e o Banco Mundial e para avançar no financiamento climático.