
O BPER chegou ao final do primeiro semestre com um resultado líquido de 903,47 milhões de euros, o que equivale a um aumento de 24,76% do lucro face ao período homólogo. Este resultado surge pouco tempo após o fim da Oferta Pública de Aquisição sobre o rival Banca Popolare di Sondrio, que resultou na obtenção, após o período de reabertura da oferta, de 80,69% do capital.
De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo BPER, a instituição italiana viu a sua receita subir 3,41% para 2,85 mil milhões. O aumento do rendimento vindo de comissões, dividendos e outras atividades compensou a quebra de 3,36% na margem financeira, que totalizou 1,63 mil milhões.
Em destaque, aparece a redução nas despesas do banco, que caíram 15,39% entre a primeira metade de 2024 e a primeira metade de 2025. Os custos ascenderam a 1,33 mil milhões, com o BPER a cortar nos gastos com pessoal em 22,38%. No comunicado, é possível observar que a empresa reduziu, entre os períodos em questão, o número de trabalhadores de 20404 para 19224. Assim, o rácio de eficiência fixou-se em 46,57%, abaixo dos 56,91% registados para o ano completo de 2024.
O rácio de NPE bruto teve uma subida de 0,11 pontos percentuais para 2,52%. O rácio LCR era de 163% no final de junho e o rácio CET1 ascendeu a 16,2%, o que compara positivamente com os 15,8% registados no final de 2024.
O BPER lançou, em fevereiro, uma das várias OPA a decorrer na banca italiana. A quarta maior instituição bancária do país ofereceu, então, o equivalente a cerca de 4,3 mil milhões aos acionistas do BP Sondrio para que estes trocassem as suas ações. Já em julho, o banco aumentou a parada e subiu o valor total da oferta para 5,44 mil milhões. Os resultados finais da OPA foram comunicados a 28 de julho, com o BPER a adquirir 80,69% do capital do BP Sondrio.