
O calor chegou com força e com ele a vontade de fazer as malas e partir à aventura. Em cenários edílicos ou não, a verdade é que o descanso é fundamental para aguentar o ritmo acelerado do mundo do trabalho. Porém, nem todos os portugueses planeiam, ou conseguem, tirar férias este verão.
Segundo os dados do estudo Observador Cetelem – que inquiriu mais de mil pessoas – cerca de 66% dos portugueses – ou seja, sete em cada dez – planeiam gozar férias de verão este ano. Ora, esta percentagem é inferior à registada em 2024, que ascendeu a 77%, mas continua muito acima do número de portugueses que tiraram férias entre 2020 e 2022, em plena pandemia, que se ficava pelos 48%. Por outro lado, são 15% aqueles que não planeiam tirar férias, percentagem que duplicou face a 2024, tendo como principal motivo a falta de condições financeiras para isso.
Nesta estrutura de custos, a estadia continua a ser o item com maior peso no orçamento, valor que atinge, em média, os 475 euros. Os gastos médios com as viagens atingem os 350 euros e as refeições os 250 euros.
Por outro lado, dos portugueses que planeiam tirar férias, apenas 66% pretendem fazê-lo fora de casa, já que os custos associados são mais elevados. A redução na percentagem de portugueses com intenção de fazer férias, vem ainda acompanhada da diminuição de 40 euros no valor médio a gastar. Ou seja, o valor médio que planeiam gastar nas férias diminuiu para os 966 euros, quanto o ano passado, o gasto médio previsto foi de 1.005 euros. Nesta estrutura de custos, a estadia continua a ser o item com maior peso no orçamento, valor que atinge, em média, os 475 euros. Os gastos médios com as viagens atingem os 350 euros e as refeições os 250 euros. Por último, o lazer ocupa o menor espaço no orçamento, com um valor de 160 euros, sendo indicativo de que os veraneantes dão primazia aos aspetos essenciais das férias em detrimento de outras atividades de lazer que aumentam os custos totais da época.
Fazer férias cá dentro é o mote para os turistas nacionais
Além disso, Portugal é o destino preferido para passarem este período de descanso estival, sendo Faro o distrito nacional de eleição. Apenas 35% dos portugueses que pretendem tirar férias viajam para fora de fronteiras, com Espanha a representar 35% destes turistas nacionais. A França, com uma quota de 17% e a Itália, com 12%, compõem o top dos três destinos mais fortes para os viajantes portugueses. A escolha dos destinos pretende-se sobretudo com o fator económico, que recolheu 40% das respostas, e com a vontade de visitar amigos e família (24% dos inquiridos).
A escolha dos destinos pretende-se sobretudo com o fator económico, que recolheu 40% das respostas, e com a vontade de visitar amigos e família (24% dos inquiridos).
“A vontade dos portugueses de usufruírem dos momentos de lazer e descanso nesta época do ano continua a ser uma grande tendência, no entanto, a percentagem que tenciona fazer férias durante o verão de 2025 está ligeiramente abaixo do ano anterior. As condições financeiras e o incremento dos preços nos meses de Verão são dos principais fatores apontados, pelo que há já um número significativo de portugueses que indicam preferir ir de férias noutra altura do ano”, comenta, em comunicado, Hugo Lousada, diretor de marketing, B2B & B2C do Cetelem – BNP Paribas Personal Finance Portugal.
Para este estudo forma realizados cerca de mil entrevistas de autopreenchimento online a indivíduos de ambos os sexos, de idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos e residentes em Portugal Continental. O Observador Cetelem é um centro de estudos – que pertence ao BNP Paribas Personal Finance – sobre consumo e de acompanhamento económico, tendo como missão observar, esclarecer e decifrar a evolução dos padrões de consumo internacionalmente.