
Esta quinta-feira, na tradicional festa anual do verão do PSD, a Festa do Pontal, no Algarve, o primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, anunciou o regresso da Fórmula 1 ao Algarve em 2027.
“Uma das circunstâncias que mais contribuiu para a promoção do país e também desta região [Algarve] são os grandes eventos. Assegurámos a realização do MotoGP, a prova mãe do motociclismo, a nível mundial para 2025 e 2026, e estou em condições de vos dizer que temos tudo pronto para formalizar o regresso da Fórmula 1 ao Algarve no próximo ano de 2027. Estes eventos implicam algum esforço financeiro por parte do Governo, mas têm um retorno, quer financeiro direto, quer indireto de promoção que valem sinceramente a pena”, afirmou Montenegro.
Os anos de 2020 e 2021 foram os últimos que Portugal recebeu a Fórmula 1, com o “circo” da modalidade-rainha do desporto automóvel mundial a passar no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), duas corridas ganhas por Lewis Hamilton, piloto que, na altura militava na Mercedes-AMG e atualmente defende as cores da Ferrari.
“Estou em condições de vos dizer que temos tudo pronto para formalizar o regresso da Fórmula 1 ao Algarve”
O AIA foi inaugurado em 2008, sendo uma pista com 4.684 km de extensão na versão F1. A reta principal tem 969 metros de comprimento e 18 metros de largura. O circuito tem 42 boxes para as equipas e o paddock (a área situada atrás das boxes destinada ao “acampamento” das equipas e das suas motorhomes durante os dias das provas) ocupa uma área de 72 mil m2.
O Autódromo algarvio pode receber 72.942 espetadores sentados nas várias zonas da pista, 16.654 lugares dos quais na bancada central.
A sua construção exigiu um investimento de 195 milhões de euros.
Na rota das grandes provas de velocidade internacionais, o AIA acolherá neste 2025 as 4 Horas de Portimão da European Le Mans Series (17 e 18 de outubro) e o Grande Prémio do Moto GP (7 e 8 de novembro).
No próximo ano, o AIA acolherá a segunda etapa do Mundial de Superbikes, no final de março. Os responsáveis do AIA destacam o facto de as provas realizadas em Portimão serem um importante motor da economia regional e nacional, em especial para a hotelaria, restauração e transportes.
Segundo as contas apresentadas pelos promotores do AIA, o impacto económico direto de um evento, como o Mundial de Superbikes, ascendeu a 17,3 milhões euros. Aplicando o multiplicador económico do turismo, que mede o efeito em cadeia gerado por estas despesas na economia, o valor global do impacto total situa-se entre os 28,4 milhões de euros e os 33 milhões de euros.