O Estado moçambicano garantiu receitas de 2.302 milhões de euros até Junho, menos de metade do orçamentado para 2025, mas a execução das despesas foi ainda inferior, tendo a economia recuado 3,9%, anunciou nesta Terça-feira o Governo.

A execução do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) do primeiro semestre foi analisada em reunião do Conselho de Ministros e segundo o porta-voz daquele órgão, Inocêncio Impissa, dos 231 indicadores 134 (58%) “alcançaram a meta”, 56 (24%) alcançaram parcialmente e 41 (18%) “não cumpriram a meta semestral”.

Segundo Impissa, “apesar da contração registada no primeiro semestre de 2025”, de 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB), devido às “manifestações violentas pós-eleitorais”, focos de terrorismo em Cabo Delgado, aos ciclones Dikeledi e Jude e “aos efeitos dos conflitos no Leste europeu e no médio Oriente”, Moçambique até “registou melhoria na estabilidade macro-económica e política”.

“Criou linhas de financiamento para o sector produtivo e orientou acções governativas para o bem-estar da população e a recuperação da economia”, acrescentou.

Inocêncio Impissa disse ainda, no final da reunião semanal do Conselho de Ministros, que a execução da receita do Estado foi de 171.801 milhões de meticais (2.302 milhões de euros), “correspondendo a 44,5% da previsão, anual contra 44%, registada em igual período de 2024”.

Já a despesa realizada de Janeiro a Junho ascendeu a 213.432 milhões de meticais (2.860 milhões de euros), representando neste caso 41,6% da meta anual, contra 226.520 milhões de meticais (3.035 milhões de euros) do período homólogo (39,9%), “um decréscimo real de 8,6%”.

“O primeiro semestre foi marcado pela implementação eficaz do plano dos primeiros 100 dias de Governação, onde a abordagem integrada e por pilares reforçou a articulação entre políticas públicas e a territorialização das acções”, concluiu o porta-voz do Conselho de Ministros, citado pela Lusa.