Marc Márquez: a força imparável que deve ser reconhecida entre os maiores da história

Na eletrizante temporada de MotoGP 2025, Marc Márquez não está apenas a competir: está a reescrever os livros de história. Com uns impressionantes 13 triunfos em sprints e 10 vitórias em corridas longas em apenas 14 Grandes Prémios, Márquez está numa trajetória que pode levá-lo a ultrapassar a barreira dos 600 pontos esta época. Para contextualizar, já conquistou 10 doubles, incluindo uma sequência inédita de sete consecutivos nas últimas corridas.

Mas os números contam apenas parte da história. O piloto de Cervera não só lidera o campeonato como já deixou o irmão, Álex Márquez, a uns assombrosos 175 pontos de distância. Se conseguir ampliar essa vantagem em mais 10 pontos no próximo GP de Barcelona, poderá selar o título já uma semana depois, em Misano — com seis rondas ainda por disputar. Um domínio assim roça o absurdo, reflexo de um piloto no auge absoluto das suas capacidades.

O que distingue Márquez é a dimensão dos seus feitos — 23 vitórias em 28 corridas. À beira do seu nono título mundial, que o colocaria lado a lado com o lendário Valentino Rossi, levanta-se a questão: porque razão ainda não é colocado no panteão dos maiores desportistas de sempre?

O debate ecoa noutras modalidades, onde nomes como Tadej Pogacar no ciclismo ou Armand “Mondo” Duplantis no atletismo reinam de forma semelhante. No recente GP da Hungria em Balaton Park, Álex Márquez foi confrontado com a provocatória questão: o seu irmão deve ou não estar no “Olimpo” do desporto, reservado a ícones como Leo Messi, Michael Jordan, Serena Williams ou Usain Bolt?

A resposta foi categórica. Surpreendido pela pergunta, Álex declarou:

“Já vi esta versão dele antes. Honestamente, não sei porque não foi colocado nesse ‘Olimpo’ do desporto há mais tempo.”

Explicou ainda que o Marc de hoje é ainda mais temível do que antes das lesões:

“É verdade que atravessou um período difícil por causa da lesão, mas disse-o antes: se já era excecional, essa adversidade só o tornou mais forte. Agora valoriza os pequenos detalhes, não depende apenas da inércia de vencer como no passado contra lendas como Dani Pedrosa ou Valentino Rossi.”

“Com as limitações que possa ter no braço, adaptou-se, e isso tornou-o ainda mais resiliente. Aprendeu a não dar nada como garantido.”

À medida que continua a dominar, cresce a discussão sobre o lugar de Márquez na história do desporto. A cada corrida, consolida-se como mais do que um campeão — um colosso das corridas motorizadas. O mundo observa, ansioso, enquanto se aproxima do inevitável nono título.

A questão agora é: receberá finalmente o reconhecimento como um dos maiores da história, ao lado dos gigantes de todas as modalidades?