Luís Pinto acredita que o V. Guimarães pode somar o primeiro triunfo da época no jogo com o Estoril, da 2.ª jornada do campeonato. A partida que assinala a estreia de Luís Pinto no Estádio D. Afonso Henriques realiza-se este sábado, pelas 18 horas.

O que é que o Vitória tem de fazer de diferente por comparação com o jogo frente ao FC Porto?

"Temos de conseguir ter aquilo que falei na semana passada, meter a identidade do clube dentro do campo. Temos de olhar para uma parte do jogo em que sejamos mais capazes nos duelos individuais, simplificar as nossas ações defensivas, ser mais agressivos e vivos em todos os pormenores do jogo. Essa é a primeira parte que temos de aprender do último jogo e melhorar. Temos de ser capazes de contrariar o bom momento de organização ofensiva que o nosso adversário tem. Quando tivermos bola temos de ter organização e ser pragmáticos no ataque à baliza".

A agressividade foi o ponto essencial que trabalhou esta semana?

"É claro que esteve presente na nossa preparação, queremos estar mais ligados ao jogo porque do ponto de vista da organização tivemos coisas interessantes. Falamos dos duelos, das corridas, do momento de atacar a baliza adversária, mudar a nossa atitude para sermos mais agressivos e pragmáticos".

O que espera da estreia no D. Afonso Henriques ?

"Essa é uma parte interessante do jogo, porque tem um significado grande estrear-me aqui, diante dos nossos adeptos. Queremos ser capazes de dentro para fora de contribuir para um bom ambiente no nosso estádio. Queremos utilizar esse ambiente a nosso favor, a responsabilidade de tornar esse ambiente positivo é nossa. É um momento marcante fazer o primeiro jogo em casa".

Confirma a saída do Borevkovic? Olhando para o lote de lesionados, equaciona mudanças no sistema tático?

"Quanto à questão do Toni, o que vocês sabem é o que é a realidade. Ele não treinou, não estará para o jogo. Temos de olhar para dento e encontrar as nossas soluções. Temos de criar o onze mais competitivo para entrarmos em campo com o objetivo de vencer, tem de ser essa a nossa forma de estar sempre".

O que realça mais no adversário que vai encontrar?

"A organização ofensiva, é uma equipa que já tem um conhecimento grande das dinâmicas, tem bons executantes, boa qualidade individual que é colocada ao serviço do coletivo. O Estoril vai obrigar-nos a estar concentrados e rigorosos defensivamente e ofensivamente. A parte ofensiva é a que mais destaco do Estoril".

Receia mais saídas no mercado? Espera mais reforços?

"Não querendo ser evasivo nas minhas respostas, o que posso dizer é que não tenho uma varinha mágica para poder adivinhar o futuro. Uma coisa tenho. Tenho confiança no que está a ser feito pela Direção e no caminho que está a ser seguido. É desafiante este mês, é desafiante começar o campeonato com o mercado aberto. Temos de ter a noção de que acima de tudo está o Vitória e o querer representar o Vitória. O Toni é um excelente profissional, que gostava muito do clube, mas vai seguir o seu caminho. Queremos ter aqui pessoas que queiram muito estar aqui. Há saídas, mudanças de ciclos, o que as pessoas estão a fazer é um caminho que vai ser desafiante mas que no futuro vai ser muito bom para o nosso clube. O que me cabe fazer é arranjar soluções dentro do que temos para que possamos ser cada vez mais fortes e melhores, que tenhamos um sentimento de pertença e orgulho por representar o Vitória. É esse sentido que temos de trabalhar. É óbvio que há muita especulação, mas o clube está cima de tudo. Tem ser esse o modo de encarar isso".

A matriz híbrida que o Vitória mostrou no Dragão é para manter ao longo da época?

"Um dos jogadores, o Vando, tanto defendeu como extremo à frente, como na linha de trás. O Vando tem um perfil que nos irá ajudar bastante, não tenho melhores dúvidas. Tem características que pode fazer com que seja utilizado em mais do que uma posição, mas está ainda a aprender processos. Vamos querer sempre olhar para o jogo, respeitar mais o que é nosso, mas se houver necessidade de um ajuste estratégico queremos ter possibilidade de o fazer. Acreditamos que essas nuances podem ser importantes para nós, que nos podem aproximar de ser mais competentes. Sinto que do ponto de vista da organização fomos competentes nesse momento, faltou-nos ser mais competitivos, mais capazes de resolver os problemas quando éramos chamados a intervir".