
Dois meses depois de ter sido despedido do West Ham, Julen Lopetegui concedeu uma entrevista ao AS, onde recordou os clubes por onde passou e falou sobre uma transferência falhada para o Milan, que acabou por optar por Paulo Fonseca.
«Foi difícil e estranho de compreender. Não se tratava de uma coisa comigo, mas de uma guerra interna», começou por dizer, agradecendo, de seguida, as palavras do lendário técnico dos rossoneri, Arrigo Sacchi, que afirmou que os milaneses deveriam ter contratado Lopetegui.
«Fiquei surpreendido e agradeço o facto de ter vindo de quem veio. O que ele queria dizer era que as decisões de um profissional não podem ser alteradas pelo ruído de um partido não profissional. Partilho esse pensamento», afirmou. Lembrar que um dos fatores que o Milan a desistir do espanhol foram as críticas dos adeptos da formação rossonera.
Com passagens por FC Porto, Sevilha, Real Madrid, Wolverhampton e West Ham, Lopetegui admitiu que pensa no que aconteceria caso não tivesse deixado estes clube: «Ficamos a pensar no que teria acontecido se tivéssemos ficado lá. A realidade é que sempre tivemos a convicção dos jogadores. Foi por isso que ficámos zangados e tristes quando o West Ham decidiu pelo afastamento.»
«Assim que saímos do West Ham tivemos duas boas propostas e decidimos esperar. Quero ir para um sítio onde sinta que posso desenvolver o que tenho dentro de mim como treinador: tentar contribuir o mais possível para gerar uma procura contínua e as melhores sinergias e hábitos para construir projectos muito competitivos», disse o técnico, falando sobre o futuro, revelando, ainda, que recebeu uma proposta para treinar a seleção belga e outras duas para ir para a Arábia Saudita.
«No ano passado, recebi uma proposta muito importante da Arábia e, recentemente, outra. Quando chegar a altura, decidiremos, mas sempre com o sentimento de poder contribuir para um projeto competitivo», concluiu.