
Jorge Martín: “Os Feitos de Marc Márquez São Incomparáveis!”
No regresso ao palco da sua maior glória, Jorge Martín volta a acender os holofotes do MotoGP após uma árdua recuperação de lesões. Foi em Montmeló, em novembro passado, que conquistou o título mundial com a Ducati, marcando o ponto mais alto da sua carreira. Menos de um ano depois, o espanhol resistiu a três lesões graves que o afastaram de metade da temporada e regressa agora a Barcelona pronto para recuperar o estatuto perdido e focado no presente, deixando o passado doloroso para trás.
Ao recordar o momento do título, Martín confessou: “É bonito recordar esse dia. Ser campeão do mundo de MotoGP é um momento inesquecível.” Mas rapidamente cortou com a nostalgia: “Essas memórias são boas, mas pertencem ao passado. Agora o meu foco está em melhorar esta moto e seguir em frente.” De regresso à plena forma, mostrou-se satisfeito com os progressos recentes.
O reencontro em Montmeló trouxe também um episódio emotivo com o seu antigo chefe de equipa na Pramac, Gino Borsoi, que ao preparar a box revelou ainda sentir o cheiro do champanhe da celebração do título. Martín não esquece: “O Gino desempenhou um papel muito importante na minha carreira durante esses dois anos”, deixando no ar a hipótese de uma futura colaboração, apesar dos caminhos separados.
Mas todos os olhares recaem sobre Marc Márquez, campeão em título e figura de admiração para Martín. Numa conferência de imprensa carregada de expectativa, o espanhol não poupou elogios: “O que o Marc fez é extraordinário. Ele define a fasquia para todos nós.” E deixou claro o objetivo: “Ele é o homem a bater, e eu vou continuar a trabalhar para encurtar a distância.”
Num momento de franqueza, Martín admitiu a dificuldade do desafio: “O que o Marc conquistou é incrivelmente difícil de igualar. Neste momento, ele não tem verdadeiros rivais.” Questionado sobre a hipótese de ter disputado o título caso não tivesse sido travado pelas lesões, respondeu com realismo: “Este ano, o meu objetivo não era lutar pelo campeonato, mas sim construir bases sólidas para 2026, com um novo projeto e uma nova moto. O futuro é incerto.”
O destino ainda reservou mais um detalhe curioso: com a saída de Miguel Oliveira da Yamaha, o número 88 volta a ficar disponível. Martín usou esse número no Moto3 e Moto2, mas teve de abdicar dele quando o português entrou em cena. “Sempre quis voltar a usar o 88, mas criei uma ligação com o 89, que eu próprio desenhei e com o qual fui campeão de MotoGP. Para já, vou manter o 89 no próximo ano”, afirmou, preparando-se para abdicar do número 1 de campeão, que ficará disponível em 2026.
A história do regresso de Jorge Martín está apenas a começar. Resta saber se será capaz de se elevar novamente e desafiar a lenda chamada Marc Márquez. Os fãs e adversários aguardam ansiosos pelo próximo capítulo desta saga de alta velocidade.