
Incerteza Para Jack Miller Com o Adiamento da Decisão da Yamaha: Estará o Seu Futuro em Risco?
Numa reviravolta dramática, o piloto da Pramac Yamaha, Jack Miller, revelou a sua crescente preocupação com a longa espera pelo anúncio da formação da Yamaha para a temporada de 2026, especialmente no que diz respeito ao parceiro de Toprak Razgatlioglu. À medida que a tensão aumenta, o relógio corre para Miller e para o seu rival direto Miguel Oliveira, ambos a disputar um lugar na equipa satélite da Yamaha após a aguardada passagem de Razgatlioglu do Mundial de Superbikes para o MotoGP.
Miller, que brilhou recentemente com uma exibição de destaque nas 8 Horas de Suzuka, parece estar bem posicionado entre os candidatos. No entanto, a possibilidade de Razgatlioglu vir a ser acompanhado pelo estreante Diogo Moreira, proveniente do Moto2, lança dúvidas sobre o futuro do australiano. Apesar de se esperar que a decisão fosse comunicada durante a pausa de verão, tanto Oliveira como Miller continuam sem respostas.
Questionado sobre conversas com a Yamaha, Oliveira foi claro: “Não falámos”. E acrescentou: “Espero que saibamos em breve. Quando soubermos, vocês também vão saber. Mas não com antecedência!” Com duas corridas por disputar antes de uma decisão esperada, o piloto luso reforçou: “O meu principal objetivo é continuar a dar o melhor por mim, em primeiro lugar, e depois tentar trazer bons resultados nestas próximas corridas. E colocar-me na melhor posição possível para ser competitivo.”
Miller partilha a mesma frustração, afirmando: “Estou a tentar criar conversas, tentar fazer contacto e perceber qual é a minha situação neste momento.” E desabafa: “Ainda nada em cima da mesa. Só à espera, a jogar o jogo da espera. Quero estar aqui, quero estar com a Yamaha. Só à espera.”
O australiano sublinha ainda o incómodo com os sucessivos adiamentos: “Primeiro era antes da pausa de verão, depois passou para depois da pausa de verão. Está a ser adiado. Porquê, não sei, mas espero que algo saia em breve. Obviamente, outras oportunidades estão a começar a fechar.”
O cenário no MotoGP está a mudar rapidamente, e Miller não é o único a sentir a pressão. Uma vaga importante foi recentemente preenchida durante a pausa de verão — o lugar deixado por Razgatlioglu na BMW WSBK foi ocupado por Danilo Petrucci, ex-colega de Miller. Embora não esteja claro se Miller se referia a esta vaga, há rumores de que a Pramac pode não ser a sua única hipótese, com a LCR Honda potencialmente à procura de um veterano para substituir o lesionado estreante Somkiat Chantra.
“Estou a tentar ser o mais paciente possível”, garantiu Miller, reafirmando a sua ligação à Yamaha: “Adoro este projeto, adoro trabalhar com a Yamaha, gosto de todo o ambiente, adoro o meu chefe de mecânicos. Estou muito, muito feliz onde estou e sinto que posso ir mais longe, melhorar, fazer mais.”
Contudo, a esperança começa a pesar sob o peso da incerteza. O tom de Miller revela agora uma urgência que não se notava antes. Em contraste, Oliveira mantém o foco técnico: “O meu foco atual não é tanto… como possam pensar, ficar ou não ficar. Mas concentro-me bastante nos meus pontos fracos com esta moto, que é a fase de travagem.”
Com as oportunidades a escassear e a pressão no auge, o paddock do MotoGP acompanha atentamente os próximos movimentos. Será que a Yamaha anunciará a decisão a tempo? A resposta continua incerta — mas uma coisa é clara: o tempo está a esgotar-se para estes pilotos garantirem o seu futuro neste desporto altamente competitivo.