
Fernando Pimenta não conseguiu este sábado revalidar o título de campeão mundial em K1 1000m. Aos 36 anos, o canoísta mais medalhado de Portugal leva para casa um bronze, depois de ter liderado quase toda a prova, e acabou por valorizar o seu percurso internacional, com presenças constantes no pódio.
Em 10 anos, tirando os dois em que não houve mundiais, não falhei nenhum pódio. Sem dúvida que conseguir títulos atrás de títulos me deixa supercontente, porque tenho sido muito consistente e na canoagem mundial – ou no desporto em geral - é raro isso acontecer», comentou à agência Lusa depois da prova nos mundiais que decorrem em Milão.
Como se disse, Pimenta saiu forte na frente e liderou até sensivelmente os últimos 150 metros, mas acabou batido pel00o húngaro Balint Kopasz, campeão olímpico em Tóquio 2020 e pelo australiano Thomas Green. O checo Josef Dostal, campeão olímpico em Paris no ano passado, ficou com o quarto lugar.
«Claro que eu queria mais, mas também tenho de saber valorizar a excelente competição e a excelente prova que os meus adversários fizeram. Eles também trabalham todos os dias para conseguir pódios e conquistar o título e eu tenho de valorizar a minha medalha de bronze», elogiou. De facto, é a sua 154.ª medalha em provas internacionais.
«Se calhar sou como o vinho do Porto, quanto mais velho melhor. Pelo menos mais feliz a competir e a fazer o que faço. Sem dúvida que tenho de continuar e deixar um legado não só dentro de água, mas também fora dela», assumiu.
Mas ainda não acabou. Domingo, Pimenta vai defender a medalha de bronze em K1 500 (meia-final que decorreu na manhã deste sábado) e prata mundial em K1 5000 metros, derradeira prova dos mundiais. O atleta prometeu «dar o melhor», deixando apenas o desejo de uma noite mais bem passada, depois de, na madrugada de sábado, ter tido de mudar de quarto devido ao barulho de um bar junto ao hotel.
Portugal conquistou duas medalhas em Milão: além do bronze de Pimenta, na sexta o K4 500 metros venceu ouro com os tripulantes Gustavo Gonçalves, João Ribeiro, Messias Baptista e Pedro Casinha.