
Fim de Semana de Pesadelo: Os Dias Negros da Yamaha Continuam na Áustria
Numa demonstração dolorosa de frustração, Fabio Quartararo enfrentou a dura realidade de mais uma prestação medíocre, ao ver as quatro Yamaha ficarem todas no fundo da tabela durante o Grande Prémio da Áustria. Este não foi apenas mais um fim de semana para o francês; foi o ponto mais baixo da sua temporada, onde a esperança se transformou em desespero.
Ao longo das sessões de treinos e qualificações, Quartararo e os restantes pilotos Yamaha nunca conseguiram escapar ao fundo da grelha, constantemente esmagados pela concorrência. A corrida de domingo não trouxe nada de diferente: um desempenho que cheirou a mediocridade. Apesar dos esforços, Quartararo afundou-se até 18.º lugar, conseguindo apenas ultrapassar Jack Miller para terminar em 17.º. Só os abandonos de Jorge Martín e Fabio Di Giannantonio lhe permitiram resgatar a 15.ª posição, arrecadando um ponto solitário — um prémio insignificante num fim de semana de frustração.
Numa entrevista sem rodeios após a corrida, Quartararo não poupou críticas:
“Acho que não há nada a retirar desta corrida; temos de virar a página porque este Grande Prémio não nos trouxe qualquer valor.”
E continuou, sublinhando o contraste com a concorrência:
“As Yamaha terminaram cinco ou seis segundos atrás do Ai Ogura em 14.º lugar. É duro, mas não sei como vamos dar a volta.”
A frustração foi ainda mais evidente quando comparou o comportamento da sua moto com o das rivais:
“Infelizmente, não há nada que me dê um sorriso hoje. Já esperava uma corrida assim. Logo na primeira volta percebes que não vai correr bem. Estive atrás do Jack algumas voltas, e é a única moto que reage de determinada forma… Como é possível deslizar em quarta velocidade na reta? É inaceitável. Vi outras motos, Ducati e Aprilia — nenhuma delas desliza em quarta numa reta!”
Os números confirmam o drama:
“Este é o circuito onde tenho mais pódios. No ano passado terminámos a 36 segundos, este ano foi a 25. Sempre fui rápido aqui. Os outros deram passos enormes em frente, nós não demos nenhum.”
O mundo do MotoGP observa atentamente enquanto a Yamaha continua mergulhada na crise, com fãs e especialistas a questionarem: quando é que Quartararo e a equipa vão finalmente reencontrar o rumo?
À medida que a poeira assenta neste fim de semana desolador, uma coisa é clara: o caminho pela frente será árduo e a Yamaha terá de agir com urgência se quiser recuperar a glória de outros tempos.