
Prestes a rumar ao Rosario Central, Di María concedeu uma entrevista aos meios oficiais do Benfica no sentido de se despedir do clube. Entre vários outros temas, o extremo falou sobre os técnicos com quem se cruzou na Luz.
Treinadores no Benfica: «Cada um tinha as suas qualidades. O Fernando Santos trouxe-me para o Benfica e por isso estou-lhe grato. Depois seguiram-se Camacho e Quique, que me utilizaram menos, mas isso também foi bom para mim porque cresci com jogadores com mais experiência. Depois chegou o Jorge Jesus, que me deu a oportunidade de jogar, que me colocou a titular indiscutível, deu-me a confiança que necessitava e graças a ele dei o salto e pude ir para o Real Madrid. Foi um treinador que tirou todo o melhor de mim e pude explodir nesse ano. Depois quando voltei tive Roger Schmidt e agora Bruno Lage. São completamente diferentes. Lage é mais agressivo com os jogadores, para falar, para tirar essa energia. Schmidt era mais tranquilo, tentava tirar o melhor de cada um em cada momento, muito mais calmo. Mas dois grandes treinadores. Infelizmente não ganhámos muitos títulos com os dois, mas o clube acaba sempre por fazer boas opções.»
Melhor jogo no Benfica: «Não sei se por ser o mais recente, mas o jogo com o FC Porto em casa, em que marquei dois golos, foi o melhor. Foram dois golos num clássico, ainda para mais no Estádio da Luz.»
Importância de Rui Costa no regresso: «Ele teve toda a importância no meu regresso porque foi ele quem iniciou tudo para que eu voltasse. Tinha decidido deixar a Juventus e no ano anterior ele já tinha falado comigo, queria que eu viesse. Não tivemos muito que conversar, foi uma única conversa e vim. Disse-lhe que o que queria era voltar a vestir a camisola do Benfica, voltar a ser feliz em Lisboa e mostrar às minhas filhas onde tudo começou quando tinha 18 anos. Foram dois anos maravilhosos, só posso agradecer ao Rui.»
Relação com Rui Costa:«Como ele disse uma vez, temos uma relação de pai/filho. Quando cheguei ele tinha voltado ao Benfica para se retirar e adotei-o como pai. Ajudou-me muito, aprendi muito com ele. Desde esse dia temos a mesma relação, continuamos a rir juntos, a conversar sobre futebol e sobre muitas coisas. O carinho que tenho por ele é muito grande, como seguramente é o dele por mim. Estou-lhe agradecido pela minha primeira passagem por aqui, porque ajudou-me a crescer, e por esta segunda vez, por me abrir as portas para poder regressar. Deixo-lhe todas as palavras de agradecimento, espero que no futuro possa voltar e que continuemos a ter a relação que temos.»
Regressar ao Estádio da Luz: «No dia que voltar serei recebido como das outras vezes, aos 18 e aos 35. Seguramente esse carinho não vai desaparecer.»
Benfica: «É um amor que senti desde o primeiro dia em que cheguei, com quase 18 anos. Senti sempre o Benfica como a minha casa, como o meu lugar. O Benfica para mim é amor puro.»