
Byron Munton procurou o pelotão nacional e aqui encontrou o estilo de corrida de que mais gosta, com o ciclista sul-africano a confessar que representar o Feirense-Beeceler "tem sido a melhor coisa de sempre".
Aos 26 anos, o quarto classificado da 86.ª Volta a Portugal quis mudar de vida, após duas épocas na húngara Epronex, e ligou ao diretor desportivo da equipa de Santa Maria da Feira.
"A minha ligação com o Joaquim Andrade começou em 2018 ou 2019, quando estava a correr em Espanha. Mantivemo-nos em contacto e, no final do ano passado, queria mudar de equipa e encontrar um sítio onde o estilo de corrida se adequasse às minhas características e entrei em contacto com o Joaquim", contou à agência Lusa.
Profissional desde 2021, na Electro Hiper Europa, o campeão sul-africano de contrarrelógio de 2022 está a cumprir a sua quinta temporada no continente europeu e não hesita em afirmar que representar o Feirense-Beeceler "tem sido a melhor coisa de sempre".
"As corridas são duras todos os dias, não há terrenos fáceis, que é aquilo que gosto. E, realmente, estou a desfrutar disto", confessou.
Byron Munton surpreendeu-se com o ambiente que encontrou no pelotão nacional, onde "todos são muito próximos e cuidam uns dos outros". "É muito especial", reforçou.
O tímido sul-africano, que se iniciou no ciclismo quando o pai comprou "uma bicicleta para ficar 'fit'", descreve a Volta a Portugal, na qual se está a estrear, como "espetacular".
"Ainda não tinha experimentado uma corrida como esta. O público é incrível, a organização, é tudo fantástico", resumiu.
Na 'Grandíssima', como faz questão de chamar à prova 'rainha' do calendário nacional, Munton intrometeu-se na luta da geral com grande estilo, após ter vencido no alto da Senhora da Graça, no domingo.
"Estou a entrar no desconhecido. Tudo o que sair desta corrida é um bónus", garantiu à Lusa.
Para já, o líder do Feirense-Beeceler está na quarta posição da geral, a apenas um segundo do pódio, mais concretamente do terceiro lugar de Jesús David Peña (AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense), com quem pode perder na montanha -- no sábado, a nona etapa acaba no alto de Montejunto -, mas não no contrarrelógio.
Munton tem até domingo para 'destronar' o trepador colombiano, numa luta que culminará no 'crono' de 16,7 quilómetros em Lisboa.