Um bombeiro morreu e outros quatro ficaram feridos no capotamento de um veículo dos bombeiros, na Covilhã. Os cinco homens deslocavam-se para um incêndio na localidade de Quinta do Campo, Fundão, confirmou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), tendo o veículo em que seguiam capotado.

De acordo com a ANEPC, o acidente ocorreu pelas 19h10, na aldeia de São Francisco de Assis, no concelho da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, ao qual pertence também o município do Fundão. A vítima foi confirmada pela Proteção Civil, estando um dos outros bombeiros a ser operado na noite de domingo, em Coimbra, segundo a Liga dos Bombeiros.

Para o local, indicou o comando, foram mobilizados 26 operacionais, apoiados por nove veículos e um meio aéreo, incluindo meios dos Bombeiros Voluntários da Covilhã e do Fundão, da Guarda Nacional Republicana (GNR) e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

"Nunca será demais sublinhar o empenho, o altruísmo e o profissionalismo com que, diariamente, milhares de bombeiros em todo o país se dedicam, com coragem e entrega, à defesa das populações e da floresta contra incêndios", sublinha a ANEPC no comunicado.

Esta é a segunda morte registada este ano nos incêndios rurais. Na sexta-feira, um ex-autarca de Vila Franca do Deão, no concelho da Guarda (e candidato nas autárquicas deste ano à presidência da freguesia), morreu no combate às chamas, aos 43 anos.

Marcelo e Montenegro deixam condolências

O Presidente da República lamentou "a trágica morte" num acidente de viação de um bombeiro da corporação da Covilhã, "em pleno serviço à comunidade" em contexto do combate aos incêndios rurais, e que provocou também ferimentos noutros operacionais.

"O Presidente da República acaba de saber da trágica morte de um bombeiro da corporação da Covilhã, em acidente de viação, ocorrido em pleno serviço à comunidade no quadro do combate aos incêndios, onde ficaram também seriamente feridos dois outros camaradas seus", pode ler-se numa nota divulgada na página da Internet da Presidência da República.

Na nota, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, salienta que o acidente ocorreu depois de "10 dias de ininterrupta doação sem limites de tempo e de espaço" de todos os operacionais.

"O Presidente da República já transmitiu o seu profundo pesar solidário ao comandante da corporação e ao presidente da Câmara Municipal da Covilhã, pedindo-lhes que o fizessem chegar à família enlutada e às famílias que vivem a angústia do estado de saúde dos bombeiros feridos", é ainda referido na mensagem.

Também o primeiro-ministro Luís Montenegro expressou, nas redes sociais, "profunda tristeza" pela morte de bombeiro da Covilhã.