Uma britânica que estava a bordo do iate que afundou ao largo de Palermo, na ilha italiana da Sicília, revelou como teve de segurar a filha bebé acima da superfície do mar para impedir que se afogasse.

Charlotte Golunski, o marido e a filha, de um ano, foram três das 15 pessoas resgatadas do mar após o veleiro de luxo naufragar, na madrugada de segunda-feira. A embarcação levava 22 pessoas a bordo: seis continuam desaparecidas e uma foi encontrada morta.

Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, Charlotte revelou que a sua família só sobreviveu ao naufrágio porque estava no convés quando o barco afundou.

A mulher explicou que foram acordados com "trovões, relâmpagos e ondas", que fizeram o "barco dançar", e que parecia "o fim do mundo". A forte agitação atirou a mulher e a bebé para a água.

"Perdi a minha filha durante dois segundos no mar, mas consegui encontrá-la entre a fúria das ondas."

A flutuar no mar, Charlotte segurou na filha "com todas as suas forças", "com os braços esticados para cima para evitar que ela se afogasse".

"Estava tudo escuro. Na água, não conseguia manter os meus olhos abertos. Gritei por ajuda, mas a única coisa que conseguia ouvir eram os gritos dos outros."

O iate "Bayesin", com 56 metros de comprimento, estava ancorado perto do Porto de Porticello, em Palermo, quando foi atingido por uma tempestade. A força do vento e das ondas levou a embarcação a naufragar.